4.09.2015

Patrocínio, um verdadeiro pacto

Patrocínio é um meio de propaganda que só cresce. Cada vez mais explorado pelas grandes empresas, esse tipo divulgação ocorre por meio de uma contribuição financeira ou de serviços para um evento ou atividade, em “troca” da exaltação da marca “contribuinte”. Sabemos que o patrocínio em eventos faz parte do processo de construção de marcas e que nessa ação a patrocinadora e a patrocinada assinam quase um pacto juntando as almas rs. Brincadeiras à parte, é realmente o que acontece! Geralmente, os patrocínios são categorizados por faixa de valores e cada uma tem os seus benefícios para visibilidade da marca, que vai de aplicação de logotipo em maior tamanho nos materiais dos eventos até espaços físicos exclusivos ou muito mais. E assim, quanto mais visível, maior é o pacto.

Uma marca sempre escolhe algo a patrocinar que tenha a ver com a sua essência e que adicione valor a ela perante o seus consumidores. Nesse último megafestival de música Lollapalooza Brasil 2015, em primeiríssimo lugar no ranking dos ilustres patrocinadores estava a nossa valiosa brasileira Skol que a Ambev colocou como cerveja oficial do evento, substituindo a Heineken, que esteve presente nas duas primeiras edições. As duas marcas então usaram e abusaram da aliança, somando as forças e contaminando-se uma com a outra em suas comunicações.

Bom, tudo beleza até aí, como manda o figurino. 
 
Agora, compartilhando minha experiência no festival — que fui apenas no último dia — aconteceu algo que eu jamais imaginaria. Comprei “os tickets” para consumir o produto do principal patrocinador e adivinha? No primeiro bar que eu paro... “Não temos cerveja, está reabastecendo...”. Uma interrogação enorme surgiu em cima da minha cabeça. Como eles não tinham? Tudo bem, me dirigi a outro bar que com uma baita fila ainda consegui comprar. Mas a história se repetiu por outros e outros bares do evento, chegando a formar fila grandes, inúmeras reclamações por onde passávamos. O que deveria ser uma experiência agradável  para o usuário se tornou algo realmente frustrante: ter que deixar de ver os shows para brincar de “Onde Está Wally” em um serviço e produto nada barato.
 
Finalizo meu post, retomando o que comentei lá em cima “as marcas se contaminam”. Com certeza, essa falta de planejamento refletiu de forma negativa nos comentários sobre o evento, pois chegaram até a me perguntar se era verdade. Um acontecimento em que grande parte dos ingressos são comprados com antecedência. Isso parece um erro primário. Claro que havia uma série de atividades bacanas ofertadas pelos patrocinadores, mas nem todo mundo conseguiu aproveitar tudo, já que estava difícil até mesmo a locomoção lá dentro, devido à quantidade de pessoas, principalmente do cair da tarde até a noite. Para quem não estava com paciência nem para buscar ações diferenciadas, esse episódio da cerva pesou bastante.


PAULO Matos Jr
Coordenador de criação na LB Comunica,
rato de academia e baladeiro de plantão
 

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