Que nós somos o País do Carnaval, de belas mulheres, alegria e cerveja gelada, já é fato mais que manjado pelo mundo afora. Porém, venho notando certo descontentamento de muita gente quando o assunto é propaganda de cerveja.
Recentemente, li uma matéria indagando a necessidade que as marcas brasileiras da bebida possuem de atrelar seu produto a uma mulher bonita, escultural e desejada. Será que isso não é arcaico?
Alguns pensam: “Cerveja é consumida por ambos os sexos, mas seu foco é o homem, que ao degustá-la vai se sentir o machão da rodada, o conquistador daquele mulherão que aparece segurando o produto”. Ainda cabe esse machismo todo na publicidade? Na minha humilde opinião, não.
Cada vez mais empresas estão readequando seus conceitos, pensando na responsabilidade social e continuam vendendo e lucrando como nunca.
Em se tratando de cerveja e, principalmente, por ser um conceito cultural relacionar o produto a sensualidade, festa e alegria, dificilmente um paradigma desses é quebrado da noite para o dia.
Temos diversos exemplos de propagandas de geladas nos EUA, que utilizam outras situações para comercializar produtos como Budweiser e Bud Light: ligam a marca a esporte, como os anúncios famosíssimos nos 30 segundos do Super Bowl, ou algumas ações com Arnold Schwarzenegger e personagens.
Tudo isso faz refletir sobre limites, mas, obviamente, envolve várias questões. Até quando as abordagens e o teor utilizados, quando se trata dessa bebida tão amada, serão os mesmos aqui na terrinha?
FELIPE Sandre Atendimento e Planejamento na LB Comunica, peladeiro de fim de semana e aspirante à Katinguelê cover |