Muito provavelmente você já deve ter ouvido falar em "pós-verdade" e certamente em "fake news". São expressões bem atuais, que andam em alta, impulsionadas pelo crescimento do compartilhamento de notícias falsas, com fontes duvidosas, principalmente nas mídias sociais e no WhatsApp.
Já escrevi aqui três passos para identificar um boato antes de difundir nos seus perfis. Agora, gostaria de tratar sobre uma plataforma recente do jornalismo que tem colaborado para confirmar a veracidade das informações: o “fact-checking”, ou checagem de fatos na tradução.
Essa nova ferramenta funciona como um escudo de proteção para o jornalismo se manter confiável. Ela é necessária, já que uma informação inventada pode ter grande impacto na nossa vida. Um conteúdo falso é capaz de modificar a opinião das pessoas e influenciar decisões importantes, ainda mais quando espalhado pelos chamados influenciadores digitais.
A avalanche criada por um boato pode ser irreversível. A quantidade de internautas que ele atinge acaba sendo muito maior que um posterior desmentido. Ou seja, quase como a brincadeira do telefone sem fio, vai acabar se tornando verdade para muitas pessoas que nem chegarão a tomar conhecimento esclarecimentos.
Para quem não quer continuar sendo um propagador de notícia inverídica, as dicas do post anterior (citado acima) continuam valendo. Aproveito a oportunidade para acrescentar outros três sites fundamentais especializados em apurar mensagens que viralizam nas redes e confrontar se são verdade ou não. O "É ou não é?", do G1, o "Aos Fatos" e o projeto "Truco", da Agência Pública.
A "pós-verdade" veio na esteira da eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Ela pode ser associada principalmente com as informações oficiais divulgadas por movimentos, governos e políticos. O "fact-cheking" acaba sendo importante para saber o grau de veracidade do conteúdo difundido e de onde o dado foi tirado. Já que a fala de um político e líderes de uma categoria pode ser feita com base em suas percepções e convicções e não encontrar respaldo em nenhum estudo.
A "Agência Lupa" é uma das referências no segmento. Os discursos e as frases analisadas por eles são classificadas seguindo oito etiquetas, que vão de verdadeira, passando por contraditório e exagerado, até falso.
Citando a descrição da agência de notícias, acredito que a checagem de fatos contribui para aprimorar o debate público. Espero ter colaborado para amenizar a propagação de boatos.
LUCAS Andrade Assessor de Imprensa na LB Comunica Lucas veio de Londrina, tem um blog de viagens e já leu mais de seis vezes o livro "A Sangue Frio". |