4.30.2019

A obsolescência e a publicidade

Você já deve ter notado que os produtos mais novos, especialmente eletrodomésticos, eletroeletrônicos e eletroportáteis, possuem uma durabilidade cada vez mais questionável. Itens que antes tinham vida útil de aproximadamente 10 anos, hoje, costumam apresentar falhas bem antes disso.

Se você já reparou nisso, deve estar se perguntando: mas com tanta tecnologia à nossa disposição, como é que os aparelhos tendem a ficar mais frágeis ao invés de melhorarem a sua durabilidade com o tempo?

A resposta vem em dois segmentos diferentes. O primeiro tem um nome difícil, mas é bem simples de entender. Podemos chamá-lo de obsolescência programada. As grandes indústrias têm um objetivo comum: gerar lucro. E, com métodos de produção em massa que garantem um número máximo de produtos no tempo mínimo possível, é preciso estimular as pessoas a continuarem consumindo incessantemente para que a roda de produção nunca pare. É aí que entra a nossa, não tão querida, mas constante, obsolescência programada. As indústrias produzem objetos cada vez mais descartáveis, com vida útil reduzida ou com novos atributos de maneira intencional, para que o consumidor veja o atual como antigo e, dessa maneira, sempre mantenha o ciclo do consumo ativo.

A publicidade também é uma peça chave nesse sistema. É ela que apresenta ao consumidor de maneira sedutora as novidades dos mais variados produtos, causando a ânsia de possuir no seu receptor. Todos os dias, a publicidade nos mostra que, ao adquirir determinado item, alcançaremos uma sensação ilusória de felicidade e bem-estar. Entretanto, tão logo é lançada a versão nova deste produto, que acabamos voltando ao estado de insatisfação inicial.

Esse consumismo exagerado gera resíduos, que, na maioria das vezes, não são descartados da maneira correta e podem prejudicar o ambiente que vivemos a curto e longo prazo. Como disse Serge Latouche, no documentário Obsolescência Programada, "vivemos numa sociedade em crescimento, cuja lógica não é de crescer para satisfazer as necessidades, e sim crescer por crescer. Crescer infinitamente com uma produção sem limites. E, para justificar esse crescimento, o consumo deve crescer sem limites".

Sendo assim, em tempos tão conturbados, é necessário rever as necessidades e consumir de maneira consciente. E a publicidade tem um papel fundamental na mudança do comportamento da massa, já que é por meio dela que inserimos novos hábitos em nosso cotidiano.
WEVERTON Moreira
Criação na Lb Comunica,
Mineiro perdido no caos de SP, fã de música, cinema e outras culturas.

4.24.2019

As oportunidades do aprendizado a distância



Se a falta de tempo, a rotina intensa de trabalho, os valores e a distância quase te fizeram desistir de estudar, você provavelmente já pensou em outras possibilidades para continuar se atualizando. Hoje, graças à internet, isso não é mais um grande problema.

Mas acontece que muitas pessoas ainda continuam relutantes quando se trata de cursos EaD (Educação a Distância). Como exemplo pessoal, ainda que eu tenha tido acesso à internet relativamente cedo e utilizado da mesma para pesquisas e complemento da minha vida escolar, nunca de fato dependi do ensino 100% fora da sala de aula, até que nos últimos anos decidi dar uma chance para essa nova experiência.

Logo de início é possível notar diferenças nos dois tipos de ensino. Estudar a distância apresenta menores despesas financeiras, porém exige muita dedicação e organização, afinal as aulas estão ali e você é o responsável por programar seus horários de estudo.

Apesar de toda a autonomia, estudar a distância não significa ter menos contato com professores e outros alunos. Muitas plataformas de ensino contam com hangouts (aulas ao vivo em turma via conferência por vídeo), uso de chats diretos com professores e salas de discussão de cada aula para troca de experiências.

O EaD se mostra muito valioso quando se quer ter o primeiro contato com novas áreas ou quando se deseja obter aperfeiçoamento e atualização no próprio meio. Hoje, é fácil encontrar cursos de extensão e pós-graduação reconhecidos pelo MEC.

Vendo por outro lado, a educação a distância pode ser também uma ótima oportunidade para quem pretende dar aulas. Plataformas digitais para cursos livres dão liberdade para que os profissionais criem conteúdo nos mais variados temas, gravando aulas com baixo orçamento.


Ou seja, um curso online demanda baixo custo para quem o produz e para quem o consome, sendo assim, uma ótima maneira de ganhar dinheiro e conhecimento.



KAROLINA Barros
Criação na Lb Comunica, 
Curte ouvir variados estilos de música e adora podcasts



4.17.2019

RIP Jornalismo



Hoje em dia tudo vira notícia, principalmente com as redes sociais. Mas uma questão que não se coloca em discussão é a qualidade da publicação. Se bem que, atualmente, todas as divulgações têm o seu público específico. Se qualquer postagem em mídias digitais virar notícia, chega a beirar o ridículo.

Neste mês foi publicada uma matéria com uma famosa em um veículo renomado que dizia: “Cantora solta pum do lado de fã no aeroporto e pede desculpas”. Na minha visão, isso não é notícia para ser divulgada. Mas não posso negar que o fato terá muitos cliques pela curiosidade de quem é fã.

Outra notícia que chamou a atenção por ser inusitada em um site esportivo foi essa: “Deseje um amor que te olhe como a namorada do Pato olha para ele com a camisa do São Paulo”. Com certeza a matéria teve muita audiência, mas é estranho para um portal conceituado esse tipo de reportagem.

Digo isso porque o trabalho de um assessor de imprensa envolve tempo, esforço, espera, cobrança, para conseguir emplacar uma reportagem do seu cliente. Para uma matéria ser divulgada, por vezes, demora meses. Então, quando leio esse tipo de texto que é publicado rapidamente sem nenhum esforço, fico indignado.

Mas creio que esse tipo de informação nunca vai parar de sair. Até porque existe um público segmentado, e a editoria de “fofoca” em vários veículos que lucra com isso. É importante que jornalistas de outras áreas se acostumem a ver as chamadas “notícias bizarras”. 

Espero sinceramente que o Jornalismo tome outro rumo e informe o público com notícias relevantes e que transformem a sociedade para melhor. Afinal, aprendi que o Jornalismo deve ser sério e trabalhar para mudar o contexto em que vivemos. Tem muita coisa boa na área, mas também tem muito assunto que não faz sentido algum. 

DIOGO Cardoso
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Jornalista pela UNIP, gosta de jogar e assistir futebol, passear com a família,
rir, viajar, e ver filmes. Preza por uma vida tranquila e de fé.

4.10.2019

A pauta “requentada”


De repente você está navegando em algum site de notícias e, do nada!, vê uma matéria que interessa bastante. Segue um exemplo: o renomado instituto de pesquisas X publicou um novo estudo Y, que concluiu que, nas grandes empresas do Brasil do setor da economia Z, há pouca presença da diversidade no quadro de colaboradores. 

Os resultados despertam em você aquela sensação de déjà vu. Então, o insight, quase automático, vem em um solavanco: “Epa! Eu já trabalhei uma sugestão de pauta semelhante sobre esse assunto no ano passado, então acho que dá para fazer uma nova divulgação sobre esse tema para o meu cliente”.

Uma das maravilhas da assessoria de imprensa é, sem dúvida, a chamada pauta “requentada”. Aquele assunto/tema/posicionamento que, no passado, já foi trabalhado com êxito, mas que diante de uma nova roupagem, abordagem ou mesmo de um novo cenário/nova informação pode abrir as portas para novos espaços na imprensa, com entrevistas e o tão almejado clipping (resultado).

Estar atento às notícias, ter uma ótima fonte de sites para pesquisas e possuir um repertório dos grandes assuntos já trabalhados para o cliente são requisitos fundamentais para surfar na onda da pauta “requentada”. Manter no radar aquele veículo de imprensa que, à época do primeiro envio, não aceitou a sugestão de pauta como tema pode ser um diferencial na hora de garantir o sucesso da divulgação.

E para estes casos são infinitas as possibilidades para a retomada de um assunto: uma pesquisa nova recém-divulgada, um projeto semelhante, uma nova ferramenta lançada por um concorrente ou mesmo uma empresa de outro setor econômico, tudo isso contribui. Mesmo àqueles temas correlacionados, a antiga sugestão de pauta pode ser revisitada com a criatividade do assessor em saber posicionar o seu cliente dentro do novo cenário para a matéria. 

Para esta parte importante do trabalho de assessoria de imprensa, outro fator que pode garantir sucesso é que na imensa maioria dos casos os materiais de divulgação já estão previamente aprovados pelos porta-vozes ou todos os diferenciais do cliente já são de conhecimento do assessor, dando a ele/a vantagem competitiva na hora de conversar com o jornalista.

Seja durante a rotina, nos momentos de folga/procrastinação do dia a dia ou nas pesquisas diárias para novos assuntos para os clientes, é sempre bom estar com os olhos bem abertos para as questões já previamente trabalhadas. Lembre-se: uma pauta trabalhada hoje pode ser requentada, com criatividade, amanhã! 


MARCOS Vargas
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política

4.03.2019

Ascensão dos aplicativos de delivery on-line




Com a criação e a evolução de smartphones, atualmente contamos com diversos aplicativos que auxiliam no nosso cotidiano. As categorias são diversas, e eles são direcionados aos mais variados públicos, desde os mais jovens aos mais experientes. Há aplicativos de educação, saúde, exercícios físicos e mentais, jogos, leitura, redes sociais, entre outros. Existe até aplicativo para lembrar de beber água.

Entretanto, uma dessas categorias tem viralizado de uns tempos para cá, a de delivery on-line. Aplicativos como iFood, Rappi, UberEats e Glovo são bem conhecidos, garantiram seu espaço no mercado e não param de crescer.

Além do conforto de oferecer acesso fácil às opções e entregar o pedido escolhido onde o cliente estiver, os aplicativos têm parceria com alguns restaurantes, viabilizando descontos para os usuários e tornando o uso desses apps muito econômico.

Uma pesquisa do iFood junto ao IBOPE, feita em 2016, levantou que no Brasil 56% dos seus usuários realizam um pedido pelo menos uma vez por semana, e atualmente o ritmo de faturamento no número de pedidos via aplicativos de delivery é de R$ 1 bilhão a cada ano, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL).

Os dados comprovam a ascensão dessa categoria, e para auxiliar nessa caminhada as startups responsáveis pelos aplicativos vêm realizando diversas ações com os públicos, tanto para atrair mais clientes, quanto para incentivar os seus usuários.

Na disputa por espaço, as marcas tiveram que inovar para poder alcançar suas metas. No Carnaval de rua deste ano, em São Paulo, o iFood inaugurou a Casa iFood, um local que serviu de ponto de encontro entre os blocos, mas também trouxe experiências inéditas para quem marcou presença. Além de ter acesso a banheiros, lounge para descanso, espaço para carregar celular e wi-fi disponível, a Casa contou com ativações envolvendo uma programação de pocket shows, sorteio de pochetes-cooler, uma piscina de batata frita e serviços de conveniência à disposição. Eles distribuíram viseiras e pochetes que continham tatuagens temporárias com frases clichês e memes.

O Rappi é uma plataforma de delivery que tem categorias de entrega: comida, bebidas, supermercado, farmácia 24h, entregas e “qualquer coisa”, segundo o aplicativo. Ele tem feito parcerias com marcas dos diferentes ramos que atuam nas categorias do app, e recentemente realizou ações no mundo do esporte e da música. Um entregador foi ao gramado para levar a bola do jogo ao juiz, na final da Copa São Paulo Júnior no início deste ano. Vendedores do estádio, gandulas e os quatro mil torcedores presentes utilizavam bonés da marca. No mundo musical, um entregador aparece no clipe Bola Rebola da cantora Anitta, que tem participação de J. Balvin, MC Zaac e Troplkillaz. E, em março, a marca realizou uma ação em parceria com restaurantes credenciados e as atléticas de algumas faculdades da cidade de São Paulo. A ação teve cinco dias de duração, e em cada dia levava uma comida de um restaurante diferente por um preço bem mais barato do que o tabelado. A compra era realizada pelo RappiPay, uma e-wallet que permite transferências de dinheiro dentro do aplicativo.

Todas essas ações recentes mostram como as marcas têm conversado com seu público de forma interativa e tangível. Além da propaganda de seus serviços, elas trazem experiências para os usuários entrarem em contato com a marca de uma maneira única e positiva, e também auxilia na mudança do cenário mercadológico de entregas e de delivery on-line.



GABRIELA Gonçalves
Estagiária em Atendimento na LB Comunica