Hoje resolvi escrever sobre uma paixão que aumenta a cada dia, seu nome é cinema. Antes de contar sobre filmes atuais a que assisti ultimamente (vencedores de algumas categorias do Oscar), quero deixar claro que não escolho os filmes pelas indicações da academia, mas sim pelas suas histórias.
Desde baby, amo a sétima arte, ela me deixa emotiva, faz refletir sobre vários aspectos da vida, estereótipos humanos, criatividade, tecnologia, amor... as ambientações me encantam e a atmosfera cinematográfica me alucina. Dos clássicos, até as contemporâneas películas de arte, aventura, romance, suspense, terror, comédia... tudo me fascina.
Ah, aproveito para dar uma pincelada nas obras favoritas da minha infância: Pollyana, um clássico da literatura infanto-juvenil que virou filme da Disney, da amável garota órfã que mora com sua amarga tia; Corcel Negro, sobre a amizade entre um garoto e um cavalo; Mergulho em uma Paixão, em que a protagonista Sonora sofre um acidente e fica cega, mas isso não a impede de continuar exercendo sua paixão por esportes; Campeão, que retrata o reconhecimento familiar; Labirinto, sobre a magia do tempo e a fantasia do teatro; Feitiço de Áquila, que conta o drama de um casal que não pode se relacionar, pois de dia a mulher é um falcão e de noite o homem toma a forma de um lobo.
Cena do filme: Corcel Negro
Capa do filme: Mergulho em uma Paixão
Cena do filme: Campeão
Cena do filme: Labirinto
Cena do filme: Feitiço de Áquila
Você sabia que a primeira sessão pública de cinema, organizada pelos irmãos Lumière em 1895, foi rápida e barata? Por 1 franco cada, 33 assentos foram ocupados por cerca de 20 minutos, no subsolo de um café em Paris! Sete anos depois, com as trucagens do francês Georges Mèliés, o cinema virou arte.
Bom, chegou a hora de divagar sobre o que a gente anda assistindo nas salas em 2015. Escolhi três filmes para dar o meu parecer:
O Jogo da Imitação - achei uma justa homenagem ao sujeito que conseguiu abreviar a Segunda Guerra Mundial quebrando o código das comunicações criptografadas do exército nazista - mas que foi exposto à humilhação pública por ser homossexual. Lembro-me do meu avô falando sobre Alan Turing, disquetes e serviços de computador. Ele contava que, se não fosse o matemático britânico, o Turing, a gente não teria computador. Oscar de melhor roteiro adaptado.
A Teoria de Tudo - é sobre a linda relação entre Stephen Hawking e sua companheira, Jane. O roteiro, adaptação do livro dela, conta momentos felizes e difíceis que passaram juntos. Fiquei comovida com a força de Jane e com tudo que fez pelo seu amor, creio até que ele despertou um mulherão guardado em uma menininha. Sem dúvida, se não fosse tudo o que ela fez por ele, sua vida teria acabado e a evolução da doença de Hawking teria sido mais rápida. Seu cérebro, diferentemente do que foi falado pelos médicos, não foi afetado e lhe deram apenas dois anos de vida. A obra do maior cosmólogo vivo do nosso tempo, tem, na minha opinião, fotografia, figurino e direção de arte impecáveis e, claro, o Oscar de melhor ator para Eddie Redmayne foi mais do que merecido.
Whiplash – sou fissurada em música, mas não entendo tanto assim de jazz. Ouvi muitos discos de Charlie Parker, Miles Davis, John Coltrane e Thelonious Monk, apresentados pelo meu pai. Posso descrever a fita como uma conquista da técnica sobre a sensibilidade. O roteiro é simples: um jovem de 19 anos quer se tornar o próximo Buddy Rich e entra para a banda do conservatório de música. Lá, é desafiado por um professor que usa métodos nada tradicionais para levar seus discípulos ao limite, como agressões verbais (morais) e físicas. As cenas musicais são muito bem filmadas e a trilha sonora é incrível. Vi um pouco de sadomasoquismo e fetiche na relação aluno x professor. Oscar de melhor montagem.
Todos os filmes mencionados me deixaram com vontade de quero mais, pelo aprendizado, porque me identifico muito com alguns personagens, a minha mente abre, relaxo, deliro, fantasio... Poderia ficar aqui contando infinitos motivos, mas escolhi, para finalizar, um que tem a ver com a profissão que escolhi: eles estimulam a criatividade. Então, pra mim, assistir cada vez mais continuará sendo uma das minhas formas de lazer favoritas.