Você não se lembra dele quando está silencioso!
Você tem vontade de atacá-lo na parede quando está escandaloso!
Mas você não pode viver sem quando trabalha com assessoria de imprensa.
Ah!, o bom e velho telefone. O da linha fixa. O de conta ao final do mês. Aquele nos anos 1980/1990 custava uma fortuna, era um patrimônio e o número da linha constava até mesmo em testamentos ou inventários.
Se você tem menos de 20 anos, nunca terá a menor ideia de como era difícil conseguir uma linha telefônica residencial. Filas, sorteios... Era tão difícil e uma vitória tão comemorada, que ligar para os parentes todos os dias tornava-se algo quase sagrado. Hoje, dois ticks azuis no WhatsApp resolvem tudo.
Mas parece que nas assessorias de imprensa o tempo parou.
Dia desses, entre um follow-up e outro aqui na agência, parei para pensar sobre como o trabalho de AI ainda depende, e muito, do telefone fixo. São ligações aos montes para jornalistas, outras tantas para clientes.
É bem verdade que hoje existem outros meios para as nossas “vendas de pauta”, como celular, Skype e, até mesmo, Facebook e WhatsApp para os jornalistas mais chegados, os ‘brothers’, mas ainda sim acho o telefone é insubstituível.
Talvez seja saudosismo dos anos 1990, ou por não pertencer à geração que deixou de lado a comunicação falada e optou pela escrita, mas fato é que guardo uma boa relação com o telefone. Gosto de ouvir pessoas, seus sotaques, suas gírias.
É triste pensar que o telefone fixo parece ser um meio de comunicação, atualmente, fadado à extinção.
Junto com a assessoria de imprensa, lembrarei dele sempre como um dos canais que fez com que eu pudesse conhecer um pouco mais do Brasil que vivo, das suas peculiaridades e suas diferenças que o tornam único.
O som do telefone ainda vai ecoar e muito nos meus pensamentos!!!
MARCOS Vargas Assessor de imprensa na LB Comunica rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política |