10.31.2018

Como funciona uma assessoria de imprensa?



A função de uma assessoria de imprensa é disseminar o nome do seu cliente na mídia. Já sua forma de atuação deve ser explicada ao cliente de forma simples e objetiva. É necessário que o cliente entenda que o trabalho não é como se fosse uma “pastelaria”, onde os resultados saem de forma instantânea. Nesse caso, o entrosamento entre ambos é fundamental para a conquista de boas divulgações.

- Jornalista x Assessor de Imprensa

A relação entre os profissionais de comunicação deve ser a melhor possível. O cliente precisa entender que o caminho para um bom relacionamento não é a insistência, e sim uma convivência harmoniosa. Por inúmeras vezes, o assessor “negocia” por meses com o jornalista do veículo em que almeja ter sua pauta publicada até conseguir emplacar uma única matéria. É natural que aquele que contrata a assessoria de imprensa demonstre ansiedade em ver rapidamente sua empresa na mídia. Mas é primordial esse entendimento por parte do cliente de que o jornalista só irá publicar quando (e se) entender que aquilo é interessante para seu leitor, que tem espaço para o tema e que possui informações e fontes suficientes para a qualidade que quer para a matéria.

- O trabalho a ser feito e como uma matéria pode ser publicada

A trajetória até um release ser divulgado é longa. O assessor necessita conhecer o cliente de forma profunda. Alinhar todos os temas é fundamental, além de ter foco. As formas mais tradicionais para a publicação de uma matéria são os press-releases, press-kits e follow-ups com os jornalistas. É importante que o cliente entenda estes processos, que podem demorar. Na cabeça do cliente o trabalho pode ser fácil, mas é essencial explicar que não funciona de uma forma simples. Também é indispensável destacar que o trabalho da assessoria é conquistar espaço nos veículos como notícia, e não como publicidade. Ainda existe esta confusão e é preciso ficar claro: uma coisa é uma matéria, divulgada por ter sido avaliada e considerada interessante para o leitor daquele veículo; outra é um conteúdo pago, que não depende de avaliação. A primeira diz respeito ao trabalho da assessoria de imprensa e o segundo é um anúncio.

- O release deve ser aprovado de maneira ágil

A agilidade entre a produção do texto que será enviado à imprensa e a aprovação junto ao cliente é fundamental para que a pauta em questão tenha êxito em uma futura publicação. Quanto mais rápido o material for validado (principalmente as chamadas “pautas quentes”, que só interessam se forem publicadas naquele momento, por qualquer motivo, como a conexão com uma data ou um fato que acaba de ocorrer), mais chances de uma repercussão bacana. O cliente também deve estar ciente de que ele é a fonte principal, fornecendo informações relevantes ao assessor.

- O que interessa ao jornalista/redator/repórter/editor de um veículo?

Qualquer tema pode ser trabalhado pelo assessor de imprensa. O segredo principal é que o material chame a atenção do jornalista, ou seja, a pauta deve ser atrativa, com números, estudos, pesquisas, informações relevantes e exclusivas. É importante que o cliente compreenda essa exigência. Por exemplo, caso uma empresa deseje aparecer em um veículo nobre, uma pauta falando de um produto que esteja em funcionamento ou um negócio fechado é mais atrativo do que um tema abordando sobre o que pode acontecer no futuro.
DIOGO Cardoso
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Jornalista pela UNIP, gosta de jogar e assistir futebol, passear com a família,
rir, viajar, e ver filmes. Preza por uma vida tranquila e de fé.
DIOGO Cardoso
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Jornalista pela UNIP, gosta de jogar e assistir futebol, passear com a família,
rir, viajar, e ver filmes. Preza por uma vida tranquila e de fé.

10.24.2018

Os desafios do job pontual




Um evento, uma pauta, um lançamento de produto. Trabalhar em um job pontual, com prazos definidos para início e término do trabalho, traz uma série de desafios ao assessor de imprensa. O primeiro, possivelmente o mais óbvio deles, é o resultado. Sabendo que você terá, na maioria das vezes, poucos dias ou até mesmo meses para atingir o target desejado pelo cliente, o grande insight é acertar no plano de comunicação. Um planejamento de mídia bem feito é meio caminho andado para que as coisas fluam naturalmente.

O segundo ponto que noto como desafiador para este tipo de trabalho é a rotina diária. Se você não pode parar o que faz normalmente com os clientes fixos que atende – sugestões de pautas, relatórios, follow-up, acompanhamento de entrevistas etc. –, tampouco pode somente “encaixar quando dá” o job no seu dia-a-dia. Neste sentido, é recomendável que as duas situações coexistam de maneira harmônica, para que se estabeleça, então, a neo rotina (clientes fixos + job).

Daí você deve estar se perguntando: mas como vou fazer essa nova rotina de cliente fixo mais job? Não querendo parecer escritor que não conta o final da história, mas essa, infelizmente, é uma pergunta que cada assessor de imprensa terá que responder por si mesmo.

Ponto fundamental que jamais poderá ser ignorado para o bom gerenciamento do job pontual, o tempo pode ser o seu maior aliado ou mesmo o grande inimigo. Com o plano de comunicação definido, estabelecendo-se prazos e metas para iniciar e executar o trabalho, será mais tranquilo poder administrar o tempo. 

Como dica é essencial instituir, na estratégia interna da assessoria, os períodos para cada uma das etapas do trabalho de comunicação, por exemplo: quantos dias você terá para conseguir o briefing do cliente, o prazo para a redação das sugestões de pauta e das aprovações de texto junto às fontes, o follow-up com jornalistas, as entrevistas dos porta-vozes com a imprensa, os clippings, os relatórios, etc.

A minha lista pode parecer um tanto curta e entendo que cada job pontual e rotina das assessorias de imprensa têm suas peculiaridades, desafios e especificações, e que cada colega assessor tem a sua maneira única de trabalhar. Mas o que gostaria de deixar registrado aqui é a importância que esses trabalhos, que às vezes surgem de forma espontânea ou “do nada” para nós, têm no decorrer da nossa caminhada profissional. 

Sejam jobs pontuais grandes ou pequenos, de um mês ou seis meses, de uma pauta ou para um evento de dias e pautas diferenciadas para trabalhar antes, durante e depois, todos eles conferem ao assessor de imprensa uma enorme expertise. Na melhor das hipóteses, fazem com que os profissionais saiam da zona de conforto e da rotina diárias das mesmas pautas, fontes, conversas, e-mails e jornalistas.


MARCOS Vargas
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política

10.17.2018

5 exercícios para aumentar a criatividade



Os profissionais de criação habituados em sua rotina já passaram pelos famosos momentos de vácuo ou abstenção criativa, onde ideias ou inspirações parecem não vir à mente do criativo. Geralmente, estes momentos ocorrem em situações de cansaço ou pressão, o que torna ainda mais difícil a execução do trabalho.

A questão é que a criatividade não é necessariamente um dom natural e pode, sim, ser estimulada quando praticada com frequência. Albert Einstein dizia que “a criatividade é a inteligência divertindo-se”. Logo, assim como podemos desenvolver nossa inteligência, podemos também desenvolver e alavancar nossos momentos criativos.

Muitas vezes, a natureza criativa é atribuída a profissionais artísticos como músicos, desenhistas e escritores, mas, na realidade, qualquer pessoa que deseja se destacar, precisa utilizar a imaginação e a criatividade em seu dia-a-dia, principalmente no ambiente corporativo.

Abaixo, listei cinco exercícios básicos que farão você aumentar sua criatividade e, consequentemente, sua produtividade.

1- Desenhe, rabisque!
Ao desenhar, as partes do cérebro relacionadas ao processo criativo são estimuladas e sua percepção visual é aguçada. À medida em que você começa a ver os resultados de seus desenhos, sua autoestima aumenta e você fica mais confiante e seguro para todos realizar qualquer outra tarefa ou atividade, mesmo que esta não esteja associada ao desenho.
Mas não é só o desenho que tem esse poder. Atividades artísticas, em geral, possuem esse efeito.

2- Questione sempre
A criatividade nasce do processo de questionamentos e não necessariamente de respostas a eles.
Questionar, refletir e filosofar são tônicos para um cérebro ativo e bem estimulado, a partir do momento que nos adaptamos a questionar e observar as coisas ao nosso redor, acabamos desenvolvendo percepções mais amplas sobre tudo.

3- Divirta-se
Criar de bom humor é muito melhor e mais fácil!
Quando você se diverte, consegue explorar o máximo potencial, já que a sua energia é utilizada com fluidez. Estar descontraído com um espírito leve é fundamental para que sua criatividade seja naturalmente estimulada!

4- Esboço coletivo
Você se depara frente a um projeto que exigirá uma grande carga criativa para o seu desenvolvimento, mas não sabe ainda por onde começar ou qual identidade criativa seguir?
Reúna sua equipe criativa, faça um brainstorming e comece a elaborar um esboço coletivo.
O objetivo é que cada criativo da sua equipe proponha um elemento ou uma ideia e passe o papel à frente, permitindo que mais pessoas acrescentem suas propostas criativas ao futuro projeto.
Quando todos estiverem satisfeitos com os resultados do brainstorming, é a hora de discutir o resultado do esboço e, se necessário, repeti-lo. A cada novo esboço, mais ideias são acrescentadas.

5- Não tenha medo de errar
Erros são comuns e, mesmo que não resultem em falhas catastróficas, certamente farão com que se adquira conhecimento. Mas, às vezes, até mesmo falhas podem resultar em sucesso. Nunca deixe de arriscar e de se superar!

DIEGO Perez
Criação na Lb Comunica,
Formado em Design Gráfico, é desenhista e ilustrador desde sempre!
Fã de games, gosta de gatos e seus estilos de músicas
favoritos são heavy metal e hardcore.

10.10.2018

Movimentos e causas abraçados pela comunicação



Hoje, com a internet presente na vida de mais da metade da população do País – segundo o IBGE –, cerca de 116 milhões de pessoas conectam-se à internet diariamente. As notícias se espalham com facilidade e, além delas, novidades do mercado, tendências a que marcas, personalidades ou empresas estão aderindo.

Em um mundo com tanta influência digital, é necessário que a marca ou empresa se adeque a esse universo e considere a responsabilidade social tão importante quanto o investimento em segurança, pesquisa, publicidade e marketing, porque ações que visam conscientização, envolvimento com causas específicas e posicionamento – em alguns casos, até político -, transmitem os valores institucionais, a visão e missão da marca. Exemplos de causas que a comunicação pode “abraçar” não faltam e são de variados temas, como Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, Outubro Rosa, de conscientização sobre o câncer de mama, Novembro Azul, de combate o câncer de próstata, proteção aos animais e outras causas mais pontuais.

Algumas ações acabam ficando mais conhecidas e chamam mais a atenção. No Outubro Rosa, um caso positivo é a roda-gigante da Avon, que, em anos anteriores, foi instalada no Parque Ibirapuera durante todo o mês de outubro. Além de propor a brincadeira para as crianças, no local também era possível fazer exames de mamografia, gratuitamente. Esse ano, quem também está empenhada em fazer uma bela campanha é a Pantene, que fará cortes gratuitos de cabelo a todos que estiverem dispostos a doar suas mechas, que serão usadas na confecção de perucas para mulheres que estão em tratamento. O serviço, em parceria com profissionais da beleza, estará disponível em um “beauty truck” que percorrerá as ruas de São Paulo, durante o mês inteiro.

O Setembro Amarelo está geralmente voltado para o segmento de saúde e muito presente nas redes sociais, atrelado ao uso da #setembroamarelo. A IInterativa, uma infobase interativa que entrega soluções para agências digitais, produziu um infográfico com diversas informações importantes, desde a origem do movimento, até insights gerados pelo uso das redes sociais, como Facebook e Instagram, e ainda considerações de especialistas sobre o assunto.

Ações desse tipo mostram que, independentemente da causa a ser abraçada, simples gestos fazem a diferença em uma sociedade e podem ajudar quem está passando por momentos difíceis. Aderir a movimentos demonstra que a empresa realmente se importa com seu público e faz questão que ele se sinta representado, além de promover inclusão, bem-estar, saúde e justiça, aliados a uma boa estratégia de comunicação e ideias criativas!

LAÍS Molina
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Ama viajar e conhecer lugares novos, e dar boas risadas
com os memes da internet


10.03.2018

As redes, a política e a vida do cidadão comum



Se você acha meio estranho uma pessoa qualquer, gente como a gente, postar em que restaurante está, a foto do prato que está comendo, temos algo em comum. Se não entende o motivo de alguém dar parabéns para o marido por uma rede qualquer, e fica imaginando o porquê de não fazer isso pessoalmente, já que moram na mesma casa, então você pode ser tão estranho(a) quanto eu no relacionamento com as redes sociais.

O fato é que, paixões e rejeições à parte, há usos interessantes, como se vê nas atuais eleições. A análise dos especialistas é que os líderes nas pesquisas de opinião são os candidatos que as utilizam muito e bem, distanciando-se dos que focam em modelos tradicionais de campanha, como o corpo-a-corpo e o horário eleitoral.

Claro que não se pode atribuir o sucesso apenas à comunicação via internet, mas se mostra muito eficaz e dribla a pouca exposição de alguns em outros meios.

Na mesma velocidade das declarações dos candidatos em seu próprio benefício, circulam as mensagens de ataque contra os concorrentes, as falsas e as verdadeiras, os desmentidos, os contra-ataques. E o eleitor fica no meio, recebendo a mesma mensagem de vários grupos diferentes, depois as mesmas desculpas quando alguém descobre que aquela notícia não era verdadeira ou que era de anos atrás, relacionada a outro contexto.

Penso que as boas práticas devem ser discutidas e analisadas periodicamente para o melhor uso das redes sociais. E não é uma questão de ser politicamente correto. É mais do que isso.

Na vida do cidadão comum, o que multiplica e o que divide nessa utilização? Ler um texto bem escrito, daqueles que dá uma inveja boa de não ter sido seu? Adoro. Para mim, isso multiplica — comento, compartilho.

Outras posturas dividem, provocam sentimentos que podem não ser positivos. Há postagens que fomentam o conflito, desrespeitam identidades e convicções, podem até desfazer amizades. Mostram um mundo de gente feliz e realizada, 24/7, 365 dias por ano, todos altos executivos, todos lindos como comercial de margarina. Há grandes discussões sobre o que isso tem feito na cabeça dos nossos adolescentes, que ainda estão aprendendo a ser adultos e a lidar com os fatos de não serem perfeitos, de não terem tudo, de não poderem tudo.

O desafio é descobrir como usar as redes sociais da melhor forma possível para aprimorar a comunicação, para aumentar a conexão, para ser útil e construir, e não o contrário. Brevíssima reflexão de quem é quase extraterrestre em (quase) todas elas.

ADRIANA Gordon
Coordenadora de redação da LB Comunica,
Advogada e mãe em tempo integral