12.26.2018

Por que ainda precisamos da comunicação corporativa?



Não é de hoje que as assessorias de imprensa vivem um paradoxo: se há muitos anos as grandes coqueluches para os clientes eram as inserções na mídia impressa e eletrônica (rádio ou TV), hoje o esforço é convencer os clientes que os resultados na imprensa “online” e, consequentemente, nas mídias sociais, também podem reverberar de maneira a contemplar o objetivo principal da comunicação: o posicionamento positivo e de forma abrangente.
O consumo de informação mudou com o avanço da tecnologia e da celeridade da produção de conteúdo por parte dos jornalistas. Dados levantados durante o período das eleições mostraram que 48% dos brasileiros procuram se informar por meio das mídias sociais e das notícias compartilhadas pelo WhatsApp, por exemplo. Esse cenário – até então embrionário em termos numéricos, mas com infinitas possibilidades de crescimento – é desafiador para os profissionais de comunicação corporativa.
A disseminação desenfreada das chamadas fake news nas eleições, que ainda tem um resquício no pós-pleito, mostrou como os profissionais de assessoria de imprensa ainda são fundamentais para os clientes de diversas áreas e setores da economia produtiva. Serão eles os responsáveis, a linha de frente, por garantir a qualidade da informação e da veracidade dos dados divulgados.
Assim como no passado, atualmente os conteúdos com propriedade e expertise têm um valor inestimável frente ao público-alvo. Se a qualidade da informação se mostra como requisito indispensável para a efetiva comunicação, hoje mais do que nunca o assessor de imprensa deve estar pronto para estabelecer uma relação intrínseca, profissional e de confiabilidade com o seu receptor, ou seja, o jornalista da mídia.
A confiança é a base para manter a “tríade” assessoria-cliente-jornalista de pé. Se o jornalista espera uma fonte segura para a sua matéria, a assessoria e o cliente esperam o zelo e o comprometimento do jornalista para com as informações divulgadas. Do outro lado desse balcão, está o leitor, parte importante e interessada no produto final, pois ele será impactado a formar sua opinião ao mesmo tempo em que será uma espécie de fiscalizador indireto do trabalho conjunto da tríade.
Do mesmo modo, os profissionais que atuam com comunicação interna e/ou externa para as empresas também vivem esse turbilhão de novos desafios. Tendo sempre como horizonte o receptor/leitor, é fundamental se cercar de todos os pormenores da mensagem que desejam veicular, seja no site, em house organ, jornal ou newsletter interno, nas mídias sociais, etc. Lembre-se que os “detetives” estão sempre de prontidão para a menor “escorregada”.
O ano de 2018, infelizmente, foi dominado em grande parte pelas fake news. Mas, pelo menos, mostrou que ainda há espaço garantido e nobre para uma comunicação de qualidade e que preza pela checagem correta dos fatos e das informações. Se os porta-vozes dos clientes assumem um papel inestimável na nova ordem da comunicação, cabe ao assessor de imprensa e/ou jornalista de comunicação interna tirar o melhor proveito disso!
Até 2019!

MARCOS Vargas
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política

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