1.09.2019

O design na música e a música no design

A relação do design com a música vai além de uma boa playlist que nos ajuda a se concentrar e ativar nossa criatividade.

Durante a história da música, já está mais do que claro que independente do gênero, o som também é visual. A presença do Design Gráfico está nos logos/tipografias usados pelos artistas, encartes de álbuns, videoclipes, visual de turnês e muito mais.

Essa aproximação não só ajudou na construção da imagem dos artistas e nos fins comerciais e de merchandising, mas intensificou também movimentos sociais. Nos anos 60 por exemplo, o design era uma ferramenta que expressava as mesmas ideias de paz, liberdade e amor que continha nas músicas da época, utilizando muitas cores e formas psicodélicas.

Pôster de Victor Moscoso para Family Dog de 1966 //  "The Beatles" por Andy Warhol de 1968

Posteriormente, nos anos 70, movido pelo movimento punk com mais agressividade na Inglaterra, uma corrente de artistas gráficos se opõe aos moldes do modernismo, focando na desestabilização da ordem.
Nessa época o Designer Terry Jones que desenhava para a revista i-D e se tornou conhecido com o design dos discos do grupo Sex Pistols. 

Trabalhos de Storm Thorgerson – Responsável pela famosa capa do álbum “The Dark Side of the Moon” e outras de Pink Floyd. Também produziu capas memoráveis para outras bandas como Led Zeppelin, The Cranberries, Muse e Biffy Clyro. 

 Curiosamente alguns ícones da música também se aprofundaram no estudo das artes, como é o caso de David Bowie, que se especializou em layout e diagramação. Mesmo nunca tendo atuado na área é possível ver influências desses estudos durante toda sua carreira.

Um grande nome da música que não poderia ficar fora desse texto, é Freddie Mercury, antes de se tornar vocalista da banda Queen, Freddie optou por cursar design gráfico no Ealing College of Art, onde ficou conhecido como um aluno exemplar.

O cantor foi quem criou o logo da banda repleto de conceitos representando cada integrante.



Os anos 80 foi marcado pelo estilo New Wave, uma década irreverente, cheia de cores e formas.

Em destaque, o trabalho desenvolvido pelo designer gráfico Peter Saville para os álbuns do Joy Division e do New Order foram fundamentais para construir a imagem dessas bandas como grandes representantes dos anos 80.

New Oder – Movement (1981) / Joy Division - Unknown Pleasures (1979)     

Com o passar das décadas, a relação entre essas duas áreas continua firme e forte. Na cerimônia anual do Grammy Awards o design/embalagem/encarte dos álbuns permanecem sendo prestigiados na categoria Best Recording Package, que já premiou diretores de arte que trabalharam em projetos para Frank Sinatra, The Beatles, The Rolling Stones, Metallica, Pearl Jam, David Bowie e etc.






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