A relação do design com a música vai além de uma boa playlist que nos ajuda a se concentrar e ativar nossa criatividade.
Durante a história da música, já está mais do que claro
que independente do gênero, o som também é visual. A presença do Design Gráfico
está nos logos/tipografias usados pelos artistas, encartes de álbuns, videoclipes,
visual de turnês e muito mais.
Essa aproximação não só ajudou na construção da imagem
dos artistas e nos fins comerciais e de merchandising, mas intensificou também
movimentos sociais. Nos anos 60 por exemplo, o design era uma ferramenta que
expressava as mesmas ideias de paz, liberdade e amor que continha nas músicas
da época, utilizando muitas cores e formas psicodélicas.
Pôster de Victor Moscoso para Family Dog de 1966 // "The Beatles" por Andy Warhol de 1968 |
Nessa época o Designer Terry Jones que desenhava para a revista i-D e se tornou conhecido com o design dos discos do grupo Sex Pistols. |
Um grande nome da música que não poderia ficar fora
desse texto, é Freddie Mercury, antes de se tornar vocalista da banda Queen, Freddie
optou por cursar design gráfico no Ealing
College of Art, onde ficou conhecido como um aluno exemplar.
O cantor foi quem criou o logo da banda repleto de
conceitos representando cada integrante.
Os anos 80 foi marcado pelo estilo New Wave, uma década
irreverente, cheia de cores e formas.
Em destaque, o trabalho desenvolvido pelo designer
gráfico Peter Saville para os álbuns do Joy Division e do New Order foram
fundamentais para construir a imagem dessas bandas como grandes representantes
dos anos 80.
New Oder – Movement (1981) / Joy Division - Unknown Pleasures (1979) |
Com o passar das décadas, a relação entre essas duas
áreas continua firme e forte. Na cerimônia anual do Grammy Awards o design/embalagem/encarte dos álbuns permanecem sendo
prestigiados na categoria Best Recording
Package, que já premiou diretores de arte que trabalharam em projetos para
Frank Sinatra, The Beatles, The Rolling Stones, Metallica, Pearl Jam, David
Bowie e etc.