Olá, pessoal. Estou estreando oficialmente no Lblog e neste primeiro post gostaria de compartilhar com vocês um filme que reflete bem a relação entre a política e os meios de comunicação. Neste caso, a televisão. A Ditadura Perfeita (La Dictadura Perfecta, no original) é uma comédia satírica produzida pelo diretor Luís Estrada que estreou nos cinemas em 2014 e é estrelada pelo ator Damián Alcazar.
Seguramente, foi um dos filmes mais inteligentes, com boas doses de humor bem ao estilo “pastelão mexicano”, que assisti no ano passado. E o melhor: tem no Netflix (oba!).
A história começa – prometo não ser um spoiler – quando o Presidente do México comete uma de suas inúmeras e desastrosas gafes. Desta vez, em entrevista à MXTV – retratada como a maior rede de televisão do país.
A emissora, aliada política e apoiadora explícita do mandatário, então, precisa agir rápido para buscar imediatamente uma ‘bomba jornalística’ com o intuito de poupar a imagem do Presidente. Traçada a estratégia, a partir daí começam os jogos de intrigas para ‘desviar a atenção’ do público.
(Nota do autor: não estranhe se por um acaso aquela sensação de dejà vù aparecer ou a de qualquer semelhança pode não ser, assim, uma mera coincidência).
Retomando. A equipe de jornalismo da emissora decide que o melhor a fazer é atacar o governador Carmelo Vargas (Damián Alcazar), opositor do Presidente mexicano, com um vídeo em que o político aparece praticando irrefutáveis atos de corrupção – eu disse que qualquer semelhança pode não ser coincidência!
Após a divulgação da reportagem sensacionalista no principal jornal da MXTV, Vargas fica enfurecido e, também, desesperado para salvar o seu futuro político. Para conseguir isso, contrata (compra, melhor dizendo) – vejam só a promiscuidade – a mesma rede de TV que o denunciou para
reverter a sua imagem de governador corrupto.
O que se segue à trama, a partir de então, é um intenso e envolvente show televisivo que tem como plano principal a comunicação, a desconstrução de uma imagem e a construção de um novo político, com matérias positivas, marketing agressivo e situações armadas que beiram a extravagância e muitas vezes são antiéticas, tudo ancorado pelo principal repórter da casa e um produtor ávido pela fama.
A Ditadura Perfeita é um retrato quase fiel do porque temos que olhar com filtros e críticas tudo aquilo que é divulgado hoje em dia, seja na imprensa, nas redes sociais ou em quaisquer outros meios de comunicação. E se você pensou que eu falaria sobre como terminou este grande ‘plano de mídia’, fica aqui o meu convite para esta boa comédia.
Hasta luego!