Todo mundo fala em crise. Tem gente que fala em esperar. Tem gente que fala em criatividade para se destacar da concorrência. De qualquer forma, a comunicação com todos os agentes da relação, ou players, (parceiros, clientes atuais e em potencial, fornecedores, mídia) não pode parar.
Mas e quando a crise está dentro da empresa, motivada por algo interno, que pode ser uma reclamação sobre um bem com defeito ou um serviço mal prestado, não solucionada adequadamente e que foi levada a público? Uma investigação ou denúncia de qualquer irregularidade sobre um de seus executivos, sobre empresas parceiras ou qualquer outro fato que afete sua imagem? Sem esquecer que isso poderá gerar impacto sobre as finanças e até sobre a sobrevivência da pessoa jurídica.
Isso atinge também pessoas físicas. Um exemplo comum é o de quem tem parceria ou até sociedade com outras que passam a ter má reputação por quaisquer motivos.
Fazer o gerenciamento da crise visa reduzir, ou até evitar, os impactos desses problemas por que passam pessoas e empresas, e que podem ser explorados de maneira negativa pela imprensa.
É bastante natural que essa seja uma preocupação somente em tempos de tempestade. E pode ser feito dessa maneira. Mas ter esse tipo de orientação de forma constante, também em épocas de calmaria, traz muitas vantagens, como permitir um planejamento mais eficiente e com providências mais rápidas quando elas forem necessárias. Um exemplo de medida que pode ser tomada é a formação de uma comissão, composta por gestores e pela agência de comunicação, para atuar no momento necessário.
A agilidade, inclusive, é um trunfo quando se trata de deixar funcionários, consumidores, parceiros e o mercado mais tranquilos e confiantes de que a empresa ou pessoa que enfrenta a crise está trabalhando para solucioná-la – e, assim, solucionar o problema que ele pode estar enfrentando também, como um dano que sofreu por defeito do produto que a empresa comercializou.
Passou a crise? Há outras ações fundamentais nesse momento, como aprender todas as lições que podem ser extraídas da situação e ver o que poderia ter sido feito de outra maneira, entre outras.
ADRIANA Gordon Coordenadora de redação da LB Comunica, advogada e mãe em tempo integral |