6.01.2017

Quando o jornalista diz sim, depois diz não!







Sabe aquele velho ensinamento que aprendemos desde que somos pequenos: “o não você já tem, então vá correndo atrás do sim”?

Então, na assessoria de imprensa ele parece um mantra para todos os dias. De follow-up em follow-up, de não em não, uma hora o sim aparece e você marca o seu golaço.

Mas é claro que nem tudo é um mar de rosas.

Existe uma situação que ainda me pega de sobressalto quando acontece, mesmo nos meus mais de 10 anos de experiência.

Isso mesmo! Quando o jornalista diz sim, mas depois diz não.

Talvez seja o mais cruel dos resultados da nossa profissão. Sabe por quê? Porque você tem a sensação de que o seu trabalho foi realizado, mas ao final não pode capitalizá-lo ou irá capitalizar de forma reduzida.

Acontece vez ou outra.

O seu cliente dá uma entrevista para jornal, revista, TV, rádio ou internet, e depois é mais do que natural criar a expectativa de como será a aparição dele na matéria.

Você confirma que o jornalista conversou com o cliente e, normalmente, ele diz que a entrevista foi “boa”, “ótima” ou que “deu tudo certo”. O alívio paira.

Mas aí, ao ver a reportagem publicada sem a menção ao cliente, batem no peito três tipos de sensações nada distintas: a decepção, o desespero e a impotência.

A decepção por não ver o trabalho concluído; o desespero por não saber o motivo que levou o jornalista a não incluir o cliente; e a impotência por às vezes não ter o controle quando o jornalista e o cliente conversam.

Como você não pode exigir que o jornalista inclua o seu cliente na matéria dele, a ideia é buscar uma explicação minimamente aceitável, mesmo que sejam “n” os fatores para isso acontecer. Até porque, você precisará também apresentar a sua defesa ao cliente.

Questões de ‘espaço’ na página ou no tempo de vídeo ou de áudio são as prediletas dos jornalistas, e talvez as mais verdadeiras. Pior seria se a fonte não tivesse correspondido à expectativa ou algo pior que nem quero pensar. Você aceita e parte para outra.

Aqui vale dizer que esse jornalista pode virar um grande parceiro para futuras pautas. Não raro, se ele gostar da fonte, mesmo não a utilizando em uma primeira matéria, certamente irá recorrer a você em outra oportunidade.


Por isso, antes de pressioná-lo ou mesmo coisa pior, pense que tanto você como ele podem precisar um do outro no futuro. Enquanto esse futuro não vem, a dica é ir correndo atrás de outros ‘SIMs’. Pegue já esse telefone!

MARCOS Vargas
Assessor de imprensa na LB Comunica
rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política



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