7.11.2017

Você sabe brifar?


A rotina é sempre a mesma! Você ou seu cliente tem uma ideia macro e para desenvolvê-la dá-se início àquela parte do trabalho que pode ser, ao mesmo tempo, uma solução ou um verdadeiro tormento. Estou falando do “pegar o briefing”.

Utilizado em larga escala no dia a dia de agências de publicidade, de marketing e de comunicação, aqui neste texto quero me atentar somente à área de assessoria de imprensa.

E daí, eu pergunto: você sabe brifar?

O interessante do briefing para o assessor de imprensa é que, diferentemente da entrevista convencional, ele deve ser minuciosamente tratado para que nenhuma informação esteja faltando antes da produção da sugestão de pauta.

Normalmente, um dos grandes empecilhos para a obtenção de informações por meio do briefing vem justamente do outro lado da mesa.

Se a agenda do seu cliente for atribulada e o tempo para o briefing for muito escasso, ficar com “idas e vindas” para finalizá-lo não é, digamos, bem visto. A ideia é que o assessor consiga, no tempo determinado, reter o máximo de informações possíveis para que quando for solicitada a aprovação do texto final, tenha apenas pequenas correções.

(Nota do autor: evidentemente, o assessor tem que facilitar ao máximo a vida do cliente, mas o mesmo não se aplica ao jornalista. Se este quiser falar com a fonte mais de uma vez, é praxe que o assessor convença a sua fonte a atendê-lo sem nenhuma cerimônia).

Voltando. É por isso que para se realizar um bom briefing, além de conhecer bem o tema e a pessoa que irá responder, o brifador tem que ser um pouco vidente.

E por quê? Porque ele precisa antever o pensamento do brifado e não deixar de perguntar nada, seja num briefing pessoalmente, por telefone ou mesmo por e-mail.

Minúcias são importantes, pois às vezes delas tiramos, inclusive, um ou mais ganchos para novas sugestões de pauta.

Por isso, uma dica importante é: se seu cliente deu a liberdade de um encontro ou telefonema para o briefing de uma ou mais horas, use-as sem moderação. Se ele pediu por e-mail, abuse e use de perguntas.

Lembre-se: no briefing, todo cuidado é pouco. E pecar pelo excesso é melhor do que pela omissão.

MARCOS Vargas
Assessor de imprensa na LB Comunica
rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política

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