Quem nunca passou um sufoco na hora de escrever com crase ou sem crase, que atire a primeira pedra! Principalmente depois que o novo acordo ortográfico chegou para confundir ainda mais nossa cabeça, a utilização (ou não) da crase ainda é tormento para muitas pessoas e até mesmo para profissionais da área de comunicação.
Para tentar solucionar um pouco as dúvidas com relação à crase, vou tentar simplificar o processo.
Primeiramente, temos que saber que a crase não é um acento gráfico, é o nome que se dá a fusão de duas vogais iguais. Crase significa a fusão da preposição “a” + o artigo definido “a”, e o sinal que indica essa fusão é o acento grave.
Vejamos alguns casos em que “a” e “a” se fundem:
- Vou a + a escola.
- Vou à escola.
- Refiro-me a + aquele menino.
- Refiro-me àquele menino.
- Dê os convites a + as meninas.
- Dê os convites às meninas.
- Ele se dedica à pintura.
- Se substituirmos a palavra pintura por tênis, que é uma palavra masculina, teremos:
- Ele se dedica ao tênis.
- O uso de “ao” é obrigatório; logo ocorre a crase.
Não ocorrerá crase antes de palavras masculinas, antes de verbos, antes de pronomes pessoais e antes de pronomes de tratamento. Por exemplo:
- Vou a pé para casa.
- Estou decidido a comprar esse carro.
- Tome o remédio gota a gota.
- Isso não interessa a ela.
- Peço a Vossa Senhoria esse favor.
MICHELLE Segantini |
Redatora e assessora de imprensa na LB Comunica,
apaixonada por gatos e mais uma no bando de loucos