9.03.2014

Papiro X Mundo moderno

“Eu hoje joguei tanta coisa fora, eu vi o meu passado passar por mim. Cartas e fotografias, gente que foi embora. A casa fica bem melhor assim”, já dizia Herbert Vianna, na música ‘Tendo a Lua’ e concordo com ele, porque, quando faço faxina nas minhas coisas parece que a limpeza também é interna.

Costumo fazer limpas semanais nos meus arquivos físicos e digitais, no trabalho e também nos meus armários, em casa. A sensação de alívio é tremenda! Minha ideia hoje é discorrer sobre o assunto migração para o digital.

Ando reparando que a tal geração Y, dos nascidos após 1980 (me incluo nela) e a Z, que chegou em 1990, estão muito engajadas nas questões sustentáveis e também já são mais familiarizadas com os nossos gadgets, pois já chegaram ao mundo introduzidas no cenário cibernético tecnológico. Eles conhecem profundamente vários macetes que quase dão um fim ao uso do que aprendemos na aula de caligrafia e à mania de achar que o analógico ainda é melhor.

Enquanto isso, nossos pais gostam de anotar tudo no papel, sentem a necessidade de imprimir os conteúdos que poderiam ser lidos nas telonas e telinhas e, de repente, nos deparamos com pilhas de folhas, boletos e elementos que só servem para ocupar espaço!


Tá, vai! Sou um pouco contraditória, ainda tenho um moleskine na bolsa para escrever sobre assuntos discutidos em reuniões com clientes, faço agenda de papel, gosto de ler livros físicos e amo fotografias palpáveis, adorava receber cartas e cartões de natal e aniversários, mas estou refletindo seriamente sobre praticar o desapego em situações que nos permitem desfrutar com gosto dos recursos tecnológicos e poupar o pó que alguns objetos acumulam. 

Já pararam para pensar na facilidade que computadores, telefones e tablets nos proporcionam para organizar o nosso dia a dia? Claro que todos eles também nos dão dor de cabeça, nos enlouquecem e mal nos deixam dormir, mas temos que vê-los como facilitadores. Infelizmente, não vivemos mais sem eles, mas temos que admitir que essas ferramentas estão aí para serem exploradas da melhor maneira possível.

Alguns exemplos de ferramentas básicas que ajudam na minha organização:
 
Bloco de notas do telefone
– anoto lista de gastos mensais, compras de supermercado, músicas e filmes para baixar, restaurantes, bares e baladas que gostaria de ir, senhas de banco, e-mails de bons contatos e dicas culturais.

Calendário do outlook – registro meus compromissos diários, como reuniões e eventos  de trabalhos, programas interessantes para meus clientes, prazos de entrega de trabalhos. Se precisar alterar, basta mudar lá, sem precisar rabiscar, passar borracha, liquid paper ou rasgar/amassar papel pra jogar fora.

Arquivos em word/excel – marco todas as pendências e vou ticando, grifando, conforme as prioridades são executadas.

Aplicativo/site de banco – pago todas as minhas contas online.

Pendrives/Nuvens – salvo mailings, textos, imagens e tudo que for precisar lá, para poder acessá-los onde estiver.

Aos poucos, percebemos que tudo fica mais prático, gostoso, fácil de achar e, de quebra, ainda cuidamos do meio ambiente.

ADRIANA Pinheiro
Redação e Assessoria de Imprensa da LB Comunica,
curte uma boa caminhada e vive acompanhada de seus sons e notas musicais

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