Estou há pouco mais de um ano convivendo diariamente com a linguagem jurídica no atendimento a escritórios de advocacia.
Apanhei muito no começo, e continuo apanhando ainda hoje.
Mas é estranho quando você, meio sem querer, tem uma revelação que parece sair de uma caverna escura rumo à imensidão da luz.
“Como são parecidas as funções de advogado e assessor de imprensa, né?”
Veja bem. Nos dois casos, uma das funções básicas é defender o cliente para um público específico: a Justiça ou a imprensa. Na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença. Até que a morte ou o rompimento do contrato nos separe.
Mais do que isso. Defendemos nossos clientes sejam eles quem forem, independentemente das situações em que estão envolvidos ou dos crimes e crises que (possivelmente) tenham cometido ou criado.
“Se todo mundo é inocente até que se prove o contrário”, como diz a velha máxima do Direito, isso vale tanto para a Justiça como para a imprensa.
Já tive a oportunidade, tempos atrás, de trabalhar para algumas empresas envolvidas em escândalos (por experiência, acho situações de riquíssimo aprendizado).
Não era, propriamente, o defensor do cliente, mas cabia a mim, juntamente com a equipe de assessoria de imprensa, ser a primeira linha de defesa “contra” a imprensa.
Determinávamos como responder aos questionamentos dos jornalistas e de que maneira e forma. Se, nestes casos, seria num aspecto contundente ou mais ‘político’. Tudo dentro da perspectiva defensiva, como manda a boa tática de falar e, ao mesmo tempo, às vezes, não dizer absolutamente nada.
Assim como para advogados, para assessores de imprensa também é necessária a máxima transparência do cliente, por mais que a verdade seja a que não precisaríamos ouvir.
É só a partir da verdade real que o processo de defesa se torna possível e a orientação de como se defender aplicável (está vendo o vício da linguagem jurídica?).
Como os assessores de imprensa não têm um ‘caminhão’ de leis para ajudar na defesa, precisam ‘apelar’ para algo que os advogados usam e muito, que é a lábia.
Nestes casos, a lábia será a nossa maior arma. Pratique, e você verá o quanto o poder de comunicar apenas aquilo que deseja é poderoso.
“Se assessor de imprensa é ou não jornalista” – uma dúvida existencial tão difícil quanto “ser ou não ser”, de William Shakespeare –, acho que não nos cabe dizer, porém, talvez nós estejamos mais perto dos advogados do que se imagina!
Apanhei muito no começo, e continuo apanhando ainda hoje.
Mas é estranho quando você, meio sem querer, tem uma revelação que parece sair de uma caverna escura rumo à imensidão da luz.
“Como são parecidas as funções de advogado e assessor de imprensa, né?”
Veja bem. Nos dois casos, uma das funções básicas é defender o cliente para um público específico: a Justiça ou a imprensa. Na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença. Até que a morte ou o rompimento do contrato nos separe.
Mais do que isso. Defendemos nossos clientes sejam eles quem forem, independentemente das situações em que estão envolvidos ou dos crimes e crises que (possivelmente) tenham cometido ou criado.
“Se todo mundo é inocente até que se prove o contrário”, como diz a velha máxima do Direito, isso vale tanto para a Justiça como para a imprensa.
Já tive a oportunidade, tempos atrás, de trabalhar para algumas empresas envolvidas em escândalos (por experiência, acho situações de riquíssimo aprendizado).
Não era, propriamente, o defensor do cliente, mas cabia a mim, juntamente com a equipe de assessoria de imprensa, ser a primeira linha de defesa “contra” a imprensa.
Determinávamos como responder aos questionamentos dos jornalistas e de que maneira e forma. Se, nestes casos, seria num aspecto contundente ou mais ‘político’. Tudo dentro da perspectiva defensiva, como manda a boa tática de falar e, ao mesmo tempo, às vezes, não dizer absolutamente nada.
Assim como para advogados, para assessores de imprensa também é necessária a máxima transparência do cliente, por mais que a verdade seja a que não precisaríamos ouvir.
É só a partir da verdade real que o processo de defesa se torna possível e a orientação de como se defender aplicável (está vendo o vício da linguagem jurídica?).
Como os assessores de imprensa não têm um ‘caminhão’ de leis para ajudar na defesa, precisam ‘apelar’ para algo que os advogados usam e muito, que é a lábia.
Nestes casos, a lábia será a nossa maior arma. Pratique, e você verá o quanto o poder de comunicar apenas aquilo que deseja é poderoso.
“Se assessor de imprensa é ou não jornalista” – uma dúvida existencial tão difícil quanto “ser ou não ser”, de William Shakespeare –, acho que não nos cabe dizer, porém, talvez nós estejamos mais perto dos advogados do que se imagina!
MARCOS Vargas Assessor de imprensa na LB Comunica rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política |