10.20.2016

Quem dera se eu fosse do RH


A frase (título) acima eu ouvi de um moço que trabalha comigo ao ver uma colega fazendo massagem em mim! 

Esclarecendo: não! Ela não me fez esse agrado por eu ser do RH, mas porque pedi e praticamente a puxei para fazer, já que a vi fazendo em outra pessoa. E a propósito, foi ótima, eu estava precisando. 

Mas deve existir isso, né?! Pessoas que fazem favores para alguém do RH, por receio do que lhes pode acontecer, caso se neguem. E a galera do departamento de recursos humanos às vezes se aproveita para pedir alguns favorzinhos.

Tem coisas que são brincadeiras, ou será que não? (emoji pensante)... rsrs. Prefiro encarar assim, mesmo lembrando que toda brincadeira tem um fundo de verdade.

O RH é um departamento maravilhoso, mas “perigoso”, porque as pessoas podem achar que nós que trabalhamos nele temos algum benefício a mais, mas a resposta é não, viu?! Não aqui na agência, pelo menos. Eu tenho os mesmos “privilégios” que todos os funcionários e sou cobrada também, tanto ou até mais que os outros colaboradores.

E separar amizade do profissional? Nossa, isso é uma das artes da área. Porque tem gente que deve se aproximar de nós com o intuito de conseguir, por exemplo, informações de bastidores ou regalias. E ninguém é bobo, né?! Percebe-se esse “abuso” e fica feio para o(a) aproveitador(a).

É ótimo quando os amigos sabem desmembrar o lado profissional do pessoal. Porque se acontece algo errado, é preciso conversar e não há nada melhor do que o camarada entender que aquilo não interfere em nada na amizade.

A primeira vez que demiti alguém foi bem tenso. Mas quando tive que fazer isso com um amigo foi muito pior. Ficava o tempo inteiro me perguntando como faria, se conseguiria, se seria capaz, se ele entenderia a minha posição, se conseguiríamos manter o relacionamento pessoal.

Porque a gente era “brother”, falava quase tudo um para o outro, inclusive muitas besteiras, além de trocar dicas. E aquela situação me consumia, me angustiava, mas são ossos do ofício e não acontece apenas uma vez.

Consegui entender e aceitar um pouco melhor a situação quando, conversando com uma amiga sobre a situação, ela me disse “entenda, você tem esse papel como RH, desligando ele da empresa, não da sua vida”.

Pronto!

Essas palavras foram exatamente o que eu precisava escutar. Após isso, comecei a encarar esse tipo de situação com o meu lado profissional e não mais com o pessoal.

Viu?!
Realmente, às vezes é muito difícil separar as duas coisas. Isso é necessário, pelo seu bem e do outro. Viva a amizade! Um brinde ao profissionalismo.

E a máxima que é válida para tudo na nossa vida: tente se colocar no lugar do outro!

LIVIA Medeiros
Administrativo/Financeiro
Formada em Gestão em Recursos Humanos e Gestão Financeira,
só podia ter uma mania dessas: somar números das placas de carros.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...