12.27.2013

Sombra, luz e água fresca


Sim, 2014 bate a nossa porta! E podemos dizer que será um ano um tanto quanto diferente para todos os brasileiros, e um tanto quanto agitado para as agências de publicidade. A Copa do Mundo, as eleições, os projetos... realmente, ninguém vai ficar parado.

E é por essas e outras, pensando em nos preparar para o que vem por aí, além de recarregar as energias despendidas nesse ano que termina, que LB Comunica entra de recesso a partir de hoje! (Uhuuuul) Ao longo de 2013 foram diversos projetos finalizados, muitos contatos e relacionamentos iniciados, muito texto, muita arte, muitas ideias, muito tudo! Agora teremos aquele descanso merecido, não é?

Mas para não deixar ninguém na mão, preparamos um videozinho para fechar o ano com chave-de-ouro. Enquanto você assiste, pode lembrar de alguns bons momentos que passamos e esperar as novidades que vêm por aí! 

Dá o play, macaco. E Feliz 2014!

12.23.2013

Que dia, caras!

Uma boa festa de confraternização começa assim: coloque o seu relógio para despertar às 4h30 (isso mesmo, 4h30 da manhã); levante sonolento e vá até o ponto de encontro marcado com seus coleguinhas de trabalho; às 6 horas entre na van e, sem saber seu local de destino, apenas curta a viagem e relaxe um pouco; avistando o seu destino final, você nota que está rodeado por muito verde e respirando um ar leve e puro e, quando você menos espera, já está descendo corredeiras em cima de um bote inflável! Uhuuuuul!


E foi mais ou menos isso o que rolou na festa de confraternização da LB. Na sexta-feira passada, fomos até a cidade de Socorro, no interior de São Paulo, para curtir um pouco da natureza e fazer um amistoso rafting. Ao todo foram sete quilômetros de rio, com muitas atividades e dinâmicas durante o percurso. Muito mais do que uma simples competição para ver quem cruzava primeiro a linha de chegada, a atividade mostrou a todos nós a importância do trabalho em grupo e a necessidade de ajudarmos uns aos outros para alcançar objetivos em comum. 

Depois de suar a camisa, remar um bocado para escapar das pedras, tomar um bom banho para refrescar, foi a hora de acariciar os estômagos. O cardápio do dia contou com uma comida tipicamente mineira: tutu de feijão, arroz carreteiro, couve, costelinha... rango para ninguém botar defeito. Além disso, com um delicioso bolo prestígio, cantamos os parabéns aos aniversariantes do mês: Gui e Paulão! Clique aqui e veja o álbum completo!

Que dia, caras! E, com a alma renovada, partimos para mais um ano de muito trabalho e dedicação! Muito obrigado equipe LB! Que venha 2014!

12.20.2013

Partiu Festa de Confraternização!


Hoje é dia de festa para toda equipe LB Comunica! E, para fechar o ano com chave de ouro e nos enchermos de energia para trabalhar muito em 2014, nada melhor que uma confraternização que nos faça lembrar dos momentos alegres, das novas contas, das experiências marcantes, projetos, chegadas e despedidas do ano de 2013.

Por isso, a LB Comunica convocou a galera para curtir uma sexta-feira maravilhosa em um lugar misterioso, cheio de descontração. Estão ansiosos para saber o que a agência preparou para nesse ano? Então fiquem ligados que segunda-feira tem fotos e vídeos de tudo o que rolou!

Borá lá equipe? 

12.18.2013

Você tem propriedade sobre sua marca?

Site no ar, embalagem na prateleira, mala direta enviada, folder impresso, brinde produzido. Pronto! Sua marca já está suficientemente em evidência... evidência para que qualquer pessoa mal-intencionada possa se “apossar” dela. Na verdade, com apenas uma destas ações citadas sua marca já pode estar correndo riscos de algum plágio, caso você não tenha o seu registro e legalmente propriedade sobre ela. A maioria das empresas esquecem deste processo, que é de suma importância.


Em resumo, o custo inicial para o registro de marca é de R$ 355 para empresas, e cai para R$ 140 no caso de pessoas físicas e pequenas empresas. Depois desse valor inicial, durante o processo, ainda há cobrança de outras taxas, algumas obrigatórias e outras de acordo com o que ocorrer durante o processo. Na minha opinião, é um custo bem válido, pois o registro dura dez anos e pode ser prorrogado por mais dez anos, quantas vezes o titular quiser. 

No caso de produto, tem que ser registrado como desenho industrial – muitos dizem registro de design – que é um título temporário sobre as formas, linhas e cores de um objeto. O custo inicial para ter o registro é de R$ 235, e R$ 95 com desconto para pessoas físicas e pequenas empresas.

E se for uma invenção/ideia tem que ser registrada como patente, que também é um registro temporário, equivalente a uma escritura, e tem valor de mercado para ser negociada ou licenciada a terceiros (royalties). Neste caso, o custo inicial é de R$ 175, e R$ 70 com desconto para pessoas físicas e pequenas empresas.

Aqui no Brasil, o registro de marca é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O site contém todas as informações, como: procedimentos, tabela com dicas, inclusive um manual do usuário mais do que completo. Se formos analisar bem, é um custo muito baixo ― para quem gasta uma grana com pesquisas e desenvolvimento ― prevenir-se de que concorrentes copiem e vendam esse produto com preço mais baixo, já que eles não tiveram os custos com a criação.

Há quase um ano houve uma briga entre a brasileira Gradiente e a norte-americana Apple, sobre o nome “iphone”. A brasileira lançou um vídeo explicando a história da marca “iphone” e a diferença dos aparelhos das duas empresas. A Gradiente disputou nos termos da lei o monopólio sobre a marca no Brasil, e em setembro a justiça liberou o uso para a Apple. O INPI foi condenado a anular a concessão de registro do nome "iphone" isoladamente para a Gradiente, que obrigava que ele estivesse sempre acompanhado da marca nacional. A marca afirmou que iria recorrer.



Quando há duas marcas iguais em segmentos diferentes, não há problema. No entanto, quando o segmento é similar, encontra-se um grande problema pela frente. Por isso, é necessário fazer o registro da marca antes de lançar um produto/empresa, pois o registro só é concedido após a pesquisa para confirmar que não há nenhuma outra marca igual. Confesso que esse processo burocrático é um pouco confuso para quem não está acostumado, e até trabalhoso, mas caso você não queira esquentar a cabeça com isso, existem empresas que prestam este tipo de serviço. Geralmente, são escritórios de advocacia. Você tem propriedade sobre sua marca?

PAULO Matos Jr
Coordenador de criação na LB Comunica,
rato de academia e baladeiro de plantão

12.16.2013

Muletas na linguagem – para que servem, mesmo?


Já cansei de ouvir em programas jornalísticos nas rádios: “a prefeitura decidiu, , limpar a praça...” ou “a agência x é a nova contratada para, , fazer a campanha da empresa y”.

Para que o “aí”? Se ele for omitido, fará alguma diferença na frase? São colocadas estas muletas sem função, sem nenhuma conexão com o significado real da palavra aí, que poderia se referir a um lugar determinado, ou mesmo à expressão “daí”, que teria a função de indicar uma consequência, algo que daria a ideia de causa e efeito.

Não é isso que acontece. Ela aparece solta, no meio da frase, uma pausa perdida, sem a elegância simples da vírgula.

Se pudéssemos escrever antes de falar, talvez fosse mais fácil evitar esse problema. Mas, como isso não é possível, resta-nos o treino, o condicionamento físico de nossa comunicação verbal para conseguirmos, cada vez mais, aliar a clareza de nossas mensagens ao uso correto do idioma. Sem frescuras, sem exageros, só um amor pelo bom português.

ADRIANA Gordon
Coordenadora de redação da LB Comunica,
advogada e mãe em tempo integral

12.13.2013

Até breve!


E ontem nos despedimos de uma companheira LB: nossa querida Michelle Segantini. Já com uma história construída aqui dentro e deixando um legado realmente importante, chegou a sua hora de encarar novos desafios.

Todos nós te desejamos muita sorte nesta nova empreitada e que você continue sendo sempre essa pessoa dedicada, organizada, criativa! Conte conosco para o que der vier, sucesso Miqueleta! =)

12.11.2013

Líderes natos ou moldados?

Essa semana o mundo está mais triste, menos lindo e com saudades de um dos principais líderes que o mundo aprendeu a admirar e respeitar.

Nelson Mandela, mais conhecido como “Madiba” pelo povo africano, sempre será lembrado como o símbolo do combate ao regime de segregação racial: o Apartheid. Sua dedicação, inteligência, foco na solução, poder de comunicação e senso de justiça são algumas características que o coloca como um grande líder.


Quando falamos em grandes líderes sempre lembramos de alguém, não é mesmo? Mas nem nos atentamos ou deixamos passar despercebido de onde eles vêm e como eles surgem.

Algumas características específicas surgem na primeira década de vida, quando aquela criança se destaca nas brincadeiras de roda, por exemplo. Ela chama atenção da galerinha com o seu poder de iniciativa, facilidade em comunicar-se e tomar decisões. Esses são alguns sinais aparentes de que está por vir uma carreira profissional brilhante.

Mas calma! É certo afirmar que essas competências podem ser aprendidas e desenvolvidas ao longo da vida e que, algumas pessoas têm vocação mas não têm motivação. Por isso não se desenvolvem. Já outras não têm vocação, mas com persistência e determinação se tornam lideres influentes, com poder de atrair quem estiver ao seu redor.


Para trabalhar e desenvolver esse espirito de liderança existem algumas técnicas e cursos que ajudam no desenvolvimento: 

Um líder deve ter uma excelente capacidade de comunicação - Para ser um bom líder, você tem que ser um excelente comunicador. A fala tem que ser seu maior aliado.

Um grande sinal de liderança é ser o porta-voz nas apresentações em grupo na sala de aula e ser o funcionário que mais é chamado para fazer apresentações. Ser claro ao falar, verdadeiro e correto no momento de passar informações.

Uma boa pedida para os profissionais que desejam aprimorar seus conhecimentos e se tornarem bons porta-vozes é o media training. No treinamento são ensinadas técnicas para se ter um bom relacionamento com a imprensa e que também podemos aplicar para diversos públicos.

Capacidade de influência - Quando se é criança, identificamos um mini líder, por exemplo, quando ele define o jogo e explica como será realizada a brincadeira. Já na vida acadêmica e profissional, identificamos quando sempre levanta temas para trabalhos em grupo e reuniões de projetos. São algumas dessas situações em que é possível perceber o poder que um líder tem na hora de influenciar alguém.

Ouvir e estar disposto a ajudar - Ser uma pessoa disposta a ouvir o que seu companheiro pensa e ajuda-lo em determinadas tarefas ou até mesmo na vida pessoal é um sinal de liderança.

Curiosidade - Um líder deve estar sempre antenado e aberto às novidades.

SUZANE Almeida
Recepcionista da LB Comunica, estudante de comunicação,
aspirante a blogueira de moda e personal stylist

12.09.2013

Ahhhh, esse tal de Share of Heart... s2

Se você aposta friamente nas estratégias de marketing com foco em aumento de vendas e vive só com os números e porcentagens na cabeça, já passou da hora de dar uma atençãozinha especial para um outro ponto que mexe com seus consumidores, aliás - que faz com que eles se apaixonem. 

Vamos aproveitar essa época do ano onde todos estamos com os sentimentos mais à flor da pele, com o coração mais aberto e vamos falar de amor, ou melhor, de share of heart.

Esse nome pomposo nada mais é do que  a parcela de consumidores que estão in love por determinada marca.

Vamos deixar a timidez de lado e sejamos claros: o fato é que ações de relacionamento (em muitos dos casos por meio das redes sociais que permitem uma aproximação e interação ainda maior entre marca x consumidor) são capazes de gerar esse envolvimento afetivo que, na maior parte das vezes, influencia  e muito  o consumidor no momento de decisão sobre a compra. E o objetivo é muito simples: agregar valor e engajamento. Depois disso, o amor é consequência. 

Esse vínculo de afeto costuma ser mensurado por meio de pesquisas qualitativas que pontuam qual é o espaço que aquela marca detém no “coração” do consumidor. E uma vez apaixonado, o buzz que esse consumidor gera é incrível. São postagens no Facebook, fotos, comentários em blogs e, porque não andar por ai com a marca que você ama estampada no peito? 

Muitas marcas estão atentas à importância dessa conquista e atuam fortemente em busca de maior parcela de share of heart. Starbucks que o diga!


Então vamos lá, todos atentos para a pergunta: quais são as marcas que você mais gosta? Posso apostar que grande parte das que estão em sua listinha de preferidas já sabem muito bem que, além de estar na sua cabeça, precisam conquistar o seu coração. Óun.

BIANCA Franzini
Atendimento e planejamento da LB Comunica, antenada em tudo o que rola
de novo no meio da comunicação e apaixonada por séries e livros

12.06.2013

Quantidade não é qualidade

O que acontece quando uma agência cheia de iniciativa encontra um cliente cheio de coragem e sem medo de inovar? Sucesso na certa!

Hoje em dia é mais do que comum ver grandes companhias respondendo às indagações de seus clientes de forma criativa no Facebook e Twitter, ou até mesmo empresas concorrentes interagindo entre elas com aquele toque de criatividade. Até aí nada de mais, as mídias sociais realmente demandam esse aspecto bem mais informal de quem faz parte da rede. Eis que, há alguns dias, surge um outro caso interessantíssimo e muda todo o panorama que conhecemos até então.

Mensalmente, alguns veículos que abordam temas sobre marketing e comunicação publicam listas de páginas que mais cresceram no período. Os números são exorbitantes e passam com facilidade pela casa dos milhões. Porém, um outro aspecto muito mais importante entra em jogo quando falamos de cases de sucesso nas mídias sociais: o engajamento.

Se a sua página tem 20.000 likes e o seu público não interage com a marca, de nada adianta. E o pior é que, como muitos clientes por aí não se atentam para esse aspecto, ficam impressionados com números que, por vezes, não dizem quase nada.

Ok, ok! Mas qual é o grandioso caso que mudou o universo das mídias sociais? Há tempos o Burger King já havia inovado com aquele lance de excluir amigos para ganhar um sanduíche, vocês se lembram? Acontece que agora o braço norueguês da companhia mexeu não só com os seus fãs, mas também com o concorrente. O negócio foi o seguinte:

Em sua fanpage do Facebook, o Burger King disse assim: “Aí galera, queremos saber quem realmente gosta da gente. E, por isso, criamos uma página especial para os nossos fãs. Se você é um desses, dê um like nela... mas se você não é, de boa, a gente nem fica chateado e ainda paga um Big Mac para você!”. O quê, caras? Como assim? Os caras estão se propondo a pagar um lanche do concorrente e, de quebra, perder alguns fãs? Seria loucura ou uma dose extrema de coragem?


Os resultados oficiais foram: 30.000 fãs a menos, 30.000 Big Macs enviados por correio e 30.000 cartas de despedida enviadas pelo B.King aos “arregões”. Nossa, que sucesso, hein? Pera aí, caras! Ainda tem o outro lado. Com tudo isso, a marca conseguiu arrastar 8.000 likes insanos para a página de Verdadeiros Fãs (True Fan) da companhia. E, com isso, foi constatado que o nível de engajamento entre o Burger King e o seu público aumentou em cinco vezes! Isso aí, cinco vezes! É um número bem mais relevante quando tratamos de interação, imagem da marca, reputação, entre tanto outras nomenclaturas “RPísticas”.


Por isso eu digo, caros amigos: quantidade não é qualidade! E inovação, coragem e uma dose de persuasão não fazem mal a ninguém! Assim a gente consegue se destacar da massa!

GUILHERME Azevedo
Atendimento e planejamento da LB Comunica,
violonista de 7 cordas, sambista e palmeirense

12.04.2013

Frases comuns que viram bordões

Quem não se lembra do personagem interpretado pela atriz Solange Couto na novela  “O Clone”? Sim, não é preciso descrever o personagem inteirinho para já vir à nossa cabeça a lembrança da Dna. Jura e seu famoso bordão “Não é brinquedo, não!”. Mesmo após o término da novela, ainda se escutava o bordão na ponta da língua das pessoas.

Há mais ou menos um ano, tivemos o caso do comercial de uma construtora em que um famoso colunista social da Paraíba, ao anunciar um novo empreendimento imobiliário, dizia que convidou sua família toda para conhecer o local, menos  sua filha Luiza que está no Canadá. Uma simples frase dita em um comercial foi o bastante para que fizesse explodir nas redes sociais diversas piadas, montagens e frases seguindo o mesmo contexto. Até a mídia abraçou algumas pautas para falar sobre o assunto e sobre a repercussão de como uma simples frase causou um boom nas redes sociais e se tornou um bordão viral.

Com bordão, palavra ou frase que se repete muito, nós já estamos acostumados, não é mesmo? Essa tradição, seguida por muitos autores de novelas, filmes e peças de teatro, para dar um efeito cômico na fala do personagem, vem desde antigamente.  Não precisamos nem dizer quem era o personagem, basta ouvir o bordão e logo identificamos. 

Veja alguns exemplos:

“E o salário ó...”
“Tô certo ou tô errado?”
“Ô louco meu...”
“Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha”
“Quem quer dinheiro?”
“Show me the money”


Essas frases comuns são, na maioria vezes, acopladas aos personagens para chamar a atenção do público e dar uma característica de reconhecimento para o personagem. 

No caso das pessoas comuns, o conteúdo da frase pode sair sem querer e acabar tomando proporções avassaladoras, como foi o recente caso do Rei do Camarote que, após entrevista para a revista VEJA, despertou nas redes sociais diversos conceitos para a palavra “agrega”. Neste caso, até marcas famosas como Halls, Ponto Frio e Bis aproveitaram a onda e entraram na ideia do “agrega valor” desenvolvendo peças publicitárias on-line com esse contexto chamando atenção do consumidor e viralizando os produtos e a brincadeira nas redes.

Certamente, nossa vida foi, é e será marcada por bordões, frases e memes (forma mais atual de classificar um bordão que viraliza nas redes sociais). Para algumas pessoas o meme pode até parecer chato e sem graça, mas pensando no mundo corporativo, se as marcas souberem aproveitar o momento, e a piada, podem expor seu nome e seus produtos de forma positiva para milhares ou até milhões de pessoas, pois como já diziam as torcidas de futebol “caiu na rede é peixe!”

MICHELLE Segantini
Redatora e assessora de imprensa na LB Comunica,
apaixonada por gatos e mais uma no bando de loucos

12.02.2013

Sorria, você está sendo stalkeado

Imagine só: você não está passando bem e decide procurar um hospital. Um que algum conhecido já tenha recomendado antes. Chega lá e espera 3 horas para ser atendido. Depois dessa espera toda, o médico mal olha pra tua cara enquanto faz uma pergunta ou outra e receita um analgésico qualquer. “Cara, isso é comum. É chato, mas fazer o quê?”. Sim, mas você, por curiosidade, joga o nome do honrado doutor no Google e acha o perfil dele no Facebook, onde encontra diversos posts do tipo “Hora de ir trabalhar. Que tédio”, “Mais um dia de trabalho! Puta chatice!”. É pra xingar muito no Twitter, né?


Hoje em dia todo mundo tem um perfil no Facebook né? Você pode até ter seu RG e CPF, mas perante a sociedade você não existe se não te acharem no Face! Se você for nostálgico, provavelmente tem uma conta no Twitter também. E, na boa, o espaço é seu, para você postar o que você bem entender para o seu público, quero dizer, amigos! E somos todos humanos, todos brigamos com o cônjuge e queremos desabafar com um amigo ou com o mundo, todos ficamos putos com os preços da Black Friday e todos ficamos de saco cheio do nosso trampo, vez ou outra! Porém, mesmo compreendendo que é natural, quão grande é a influência da nossa vida pessoal explicita na hora de alguém nos avaliar como profissionais?

Ultimamente não tenho ouvido ninguém falar sobre empresas que fazem questão de avaliar os perfis dos candidatos nas redes sociais, mas até um tempo atrás lembro de vários papos que eu tive com alguns amigos sobre “O que pensariam dessa foto onde estão todos bêbados?” ou “O que pensariam desse post que eu curti?”. Situação chata, né? E, convenhamos, se o Stephen Hawking postasse uma foto das supostas gandaias dele toda sexta, ele não passaria a ser menos brilhante apenas por não ser um respeitável pai de família!

E já houve casos públicos nos quais empresas exigiam as senhas dos candidatos para ter total noção da perspectiva pessoal dele perante o Facebook e o mundo, demonstrando uma total violação à privacidade do sujeito. Na Campus Party deste ano, aliás, o pessoal do próprio Facebook afirmou que não fica investigando os perfis dos candidatos! Mas, uma coisa é você não curtir que empresas fiquem se preocupando com o que você bebe ou com o que você come, e outra coisa é você compartilhar publicamente suas insatisfações com relação ao seu atual emprego. Já ouvi uma dúzia de casos em que o reclamão acabou demitido por conta de menos de 140 caracteres!

A essa altura, você já deve ter assistido a esse vídeo aqui, certo?



A guria não concordava com as diretrizes adotadas por sua diretoria e resolveu sair e desabafar publicamente. Ela poderia ter dado um piti na empresa, poderia ter se demitido normalmente e instantes depois postar no Face o quão feio, bobo e chato é o antigo chefe dela. Mas ela não fez isso! Preferiu ser genial e épica e fazer de uma forma maneira que a tornou um hit da internet. E o mais legal, atraindo uma quantidade gigantesca de views, do jeito que o chefe dela queria! Job final executado com perfeição, hein?

O atendimento pouco minucioso do médico já era de deixar qualquer um aborrecido, com o agravante da espera então! Mas encontrar declarações pessoais indicando que ele realmente não está com o mínimo foco para fazer seu trabalho, que é nada mais nada menos que zelar pela saúde das pessoas, de fato mancha bastante a imagem do cara como profissional e ponto. “Ah, mas será que ele não consegue ser um bom profissional mesmo em um dia ruim?”, talvez consiga! “E esse mal estar que você citou, passou depois de tomar a medicação?”, é, passou. “Então deixe o cara em paz poxa!”. 

Concordo, deixe o cara, mas um dia desses ele atende alguém que tira um print de sua falta de motivação pública, escreve um post emotivamente-abalado com o descaso dos profissionais da área de saúde no país e vai saber onde isso vai parar! Logo depois aparece alguém dizendo que o médico colocou um rato dentro do vidro de xarope e a internet cai matando em cima! Porque a internet tem o humor de uma criança, sai falando sem limites e sem a menor noção de quanto estrago isso vai fazer na vida da pessoa, agora e no futuro!

Então, se você está bravinho e quer xingar muito no Twitter, apenas pense nisso: se for o tipo de coisa que você não diria na cara do seu chefe/cônjuge/whoever, é melhor você não compartilhar com o mundo! Ou compartilhe de uma maneira criativa, como a moça do vídeo alí em cima. Talvez você até receba uma proposta melhor, em seja lá qual for a área! =]


MARCELO Rodrigues
Assistente de criação na LB Comunica
e apaixonado por games, HQs, filmes e seriados