Quem não se lembra do personagem interpretado pela atriz Solange Couto na novela “O Clone”? Sim, não é preciso descrever o personagem inteirinho para já vir à nossa cabeça a lembrança da Dna. Jura e seu famoso bordão “Não é brinquedo, não!”. Mesmo após o término da novela, ainda se escutava o bordão na ponta da língua das pessoas.
Há mais ou menos um ano, tivemos o caso do comercial de uma construtora em que um famoso colunista social da Paraíba, ao anunciar um novo empreendimento imobiliário, dizia que convidou sua família toda para conhecer o local, menos sua filha Luiza que está no Canadá. Uma simples frase dita em um comercial foi o bastante para que fizesse explodir nas redes sociais diversas piadas, montagens e frases seguindo o mesmo contexto. Até a mídia abraçou algumas pautas para falar sobre o assunto e sobre a repercussão de como uma simples frase causou um boom nas redes sociais e se tornou um bordão viral.
Com bordão, palavra ou frase que se repete muito, nós já estamos acostumados, não é mesmo? Essa tradição, seguida por muitos autores de novelas, filmes e peças de teatro, para dar um efeito cômico na fala do personagem, vem desde antigamente. Não precisamos nem dizer quem era o personagem, basta ouvir o bordão e logo identificamos.
Veja alguns exemplos:
“E o salário ó...”
“Tô certo ou tô errado?”
“Ô louco meu...”
“Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha”
“Quem quer dinheiro?”
“Show me the money”
Essas frases comuns são, na maioria vezes, acopladas aos personagens para chamar a atenção do público e dar uma característica de reconhecimento para o personagem.
No caso das pessoas comuns, o conteúdo da frase pode sair sem querer e acabar tomando proporções avassaladoras, como foi o recente caso do Rei do Camarote que, após entrevista para a revista VEJA, despertou nas redes sociais diversos conceitos para a palavra “agrega”. Neste caso, até marcas famosas como Halls, Ponto Frio e Bis aproveitaram a onda e entraram na ideia do “agrega valor” desenvolvendo peças publicitárias on-line com esse contexto chamando atenção do consumidor e viralizando os produtos e a brincadeira nas redes.
Certamente, nossa vida foi, é e será marcada por bordões, frases e memes (forma mais atual de classificar um bordão que viraliza nas redes sociais). Para algumas pessoas o meme pode até parecer chato e sem graça, mas pensando no mundo corporativo, se as marcas souberem aproveitar o momento, e a piada, podem expor seu nome e seus produtos de forma positiva para milhares ou até milhões de pessoas, pois como já diziam as torcidas de futebol “caiu na rede é peixe!”
MICHELLE Segantini Redatora e assessora de imprensa na LB Comunica, apaixonada por gatos e mais uma no bando de loucos |