As empresas estão enfrentando verdadeiras batalhas para conseguir fisgar a atenção do consumidor e, em tempo de Copa do Mundo e olimpíadas, (que chegará em breve também em terras tupiniquins), a exposição e criatividade se fazem necessárias nesse momento.
Porém, como tudo na vida, o limite é sempre bem-vindo. Entretanto, não foi o que vimos nas últimas semanas, com a nossa principal estrela e talvez a maior celebridade esportiva dos últimos anos do Brasil, Neymar Jr.
Com cerca de 14 patrocinadores fixos, entre eles a Lupo, o garoto-propaganda do momento exagerou na divulgação da marca de roupas íntimas e acabou arranhando e muito sua imagem com o público e, principalmente, com a mídia esportiva no geral.
No jogo contra o Atlético de Madrid, válido pela Champions League, o craque brasileiro fez jus ao seu apelido de “cai-cai” e acabou por utilizar o calção, exibindo sua cueca da Lupo ao menos cinco vezes durante a partida.
Claro que por conta de sua importância e carisma, toda e qualquer atitude do camisa 10 da seleção brasileira ganha proporções enormes. Porém, essa atitude ganhou repercussão negativa e fez o craque ser alvo de muitas críticas, até mesmo da imprensa local que até pouco tempo atrás o venerava.
Propagandas que não são da competição que se disputa são proibidas pelas entidades responsáveis pela organização (neste caso a UEFA e FIFA). Mas, com a criatividade dos marqueteiros de plantão, essa questão foi facilmente resolvida, conforme descrito acima.
As assessorias de imprensa do jogador e da marca disseram que nada foi combinado entre as partes. Porém, diante da situação óbvia de exibição da marca a desconfiança só aumentou.
O que piorou ainda mais a situação foi que o time da Catalunha perdeu o jogo e foi desclassificado da competição europeia, aumentando mais ainda as reclamações em cima do brasileiro, que está sendo alvo da imprensa espanhola e da torcida de entrar em campo pensando não somente em jogar seu belo futebol (que é seu papel e obrigação), mas de entrar incumbido de promover marcas que o patrocinam também, levantando novamente a questão do marketing de emboscada.
O que aumenta ainda mais as evidências é que este caso não é o primeiro e certamente não será o último. Muitos jogadores, como quem não quer nada, levantam a camisa para enxugar o suor ou mesmo na hora da comemoração de um jogo e estampam o nome de uma empresa. (Ahh danadinho!)
Há aqueles que correm em direção a uma placa de determinado patrocinador para comemorar o gol feito ou utilizam até mesmo gestos que remetem a tal marca (exemplo do Dunga, na comemoração do Tetra Campeonato Mundial com a seleção brasileira em que fez o número 1 no alto, gesto este utilizado pela Brahma, na época, em seus comerciais que fazia referência ao seu produto).
Certo mesmo é que este episódio ainda vai dar muito pano pra manga e com a Copa do Mundo batendo à porta, a fiscalização será cada vez maior. Caberá ao marketing se enquadrar nos limites de mercado ou continuar suas aventuras por aí! Vamos aguardar!!!