4.28.2014

A força que o Marketing tem (às vezes à força)


Que a indústria do esporte é a bola cheia do momento e as empresas, cada vez mais, inovam e buscam formas diferentes de posicionar sua imagem em um cenário de paixão e realizações como o futebol, por exemplo, não é novidade para ninguém.

As empresas estão enfrentando verdadeiras batalhas para conseguir fisgar a atenção do consumidor e, em tempo de Copa do Mundo e olimpíadas, (que chegará em breve também em terras tupiniquins), a exposição e criatividade se fazem necessárias nesse momento.

Porém, como tudo na vida, o limite é sempre bem-vindo. Entretanto, não foi o que vimos nas últimas semanas, com a nossa principal estrela e talvez a maior celebridade esportiva dos últimos anos do Brasil, Neymar Jr.



Com cerca de 14 patrocinadores fixos, entre eles a Lupo, o garoto-propaganda do momento exagerou na divulgação da marca de roupas íntimas e acabou arranhando e muito sua imagem com o público e, principalmente, com a mídia esportiva no geral.

No jogo contra o Atlético de Madrid, válido pela Champions League, o craque brasileiro fez jus ao seu apelido de “cai-cai” e acabou por utilizar o calção, exibindo sua cueca da Lupo ao menos cinco vezes durante a partida.

Claro que por conta de sua importância e carisma, toda e qualquer atitude do camisa 10 da seleção brasileira ganha proporções enormes. Porém, essa atitude ganhou repercussão negativa e fez o craque ser alvo de muitas críticas, até mesmo da imprensa local que até pouco tempo atrás o venerava.

Propagandas que não são da competição que se disputa são proibidas pelas entidades responsáveis pela organização (neste caso a UEFA e FIFA). Mas, com a criatividade dos marqueteiros de plantão, essa questão foi facilmente resolvida, conforme descrito acima.

As assessorias de imprensa do jogador e da marca disseram que nada foi combinado entre as partes. Porém, diante da situação óbvia de exibição da marca a desconfiança só aumentou.

O que piorou ainda mais a situação foi que o time da Catalunha perdeu o jogo e foi desclassificado da competição europeia, aumentando mais ainda as reclamações em cima do brasileiro, que está sendo alvo da imprensa espanhola e da torcida de entrar em campo pensando não somente em jogar seu belo futebol (que é seu papel e obrigação), mas de entrar incumbido de promover marcas que o patrocinam também, levantando novamente a questão do marketing de emboscada.

O que aumenta ainda mais as evidências é que este caso não é o primeiro e certamente não será o último. Muitos jogadores, como quem não quer nada, levantam a camisa para enxugar o suor ou mesmo na hora da comemoração de um jogo e estampam o nome de uma empresa. (Ahh danadinho!)

Há aqueles que correm em direção a uma placa de determinado patrocinador para comemorar o gol feito ou utilizam até mesmo gestos que remetem a tal marca (exemplo do Dunga, na comemoração do Tetra Campeonato Mundial com a seleção brasileira em que fez o número 1 no alto, gesto este utilizado pela Brahma, na época, em seus comerciais que fazia referência ao seu produto).



Certo mesmo é que este episódio ainda vai dar muito pano pra manga e com a Copa do Mundo batendo à porta, a fiscalização será cada vez maior. Caberá ao marketing se enquadrar nos limites de mercado ou continuar suas aventuras por aí! Vamos aguardar!!!

FELIPE Sandre
Atendimento e Planejamento na LB Comunica,
peladeiro de fim de semana e aspirante à Katinguelê cover

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