6.16.2014

A Copa e as expressões que nos divertem

Com o Brasil tomado por estrangeiros em função da Copa, surgem algumas expressões em placas e cardápios que são verdadeiros desafios para quem não fala português.

Mistura de ficção e realidade, as redes sociais têm trazido exemplos sensacionais de casos relatados por quem jura que viu e daqueles que só podem ter sido criados por quem deixa a imaginação correr solta. Fizemos nossa própria seleção com as 11 que mais nos fizeram rir, nesta época de Copa. Confira as nossas e envie também as suas favoritas!
 

Encontramos com razoável frequência a menção ao “against the beef” e “against steak” (uma pessoa da equipe jura que viu este em uma lanchonete) para os corajosos que se aventuram a comer algo que não têm ideia do que seja, o contrafilé.

O jornal Diário do Comércio até chegou a publicar uma boa relação de traduções interessantes de português para inglês. Traz inclusive uma versão diferente para o acima citado, de contrafilé à brasileira, o“against the brazilian beef”.

Aliás, pedir qualquer coisa “à moda”, será um desafio. Quem quiser comer um arroz à grega terá de pedir um “greek rice”. Língua à americana se transformou em “the american language”.

Conhece o “turned  pages”? Um salgado comum que pode acompanhar nosso café, adivinhou? Tem de mushroom, tem de cheese: é o folhado.

Um hotel descuidado parece ter incluído em seu café da manhã uma placa sobre a bandeja com “bread with cold”, para indicar pães com frios. Mais literal do que isso, impossível! Cuidado com o “cheese mine” (seria um queijo da mina?), usado para designar o queijo minas.

Até os bolos têm ganhado tradução literal, como o “fluff towel cake”, para identificar o chamado “bolo toalha felpuda”.

Traduzir pastel para “crayon” (o giz pastel, lápis de cera) pode impedir que muitos conheçam o nosso delicioso quitute!

Como aperitivo, por que não pedir “friend needle” (agulha amiga?!), descrição do peixe agulhinha frita?

Para beber, que tal um “kill”? Será mesmo possível que alguém tenha traduzido assim o mate, um inofensivo chá?

Agora, para dar um pouco de humor às filas no aeroporto, só falta escrever duas placas, uma indicando a fila dos brazilians e a outra, dos strangers!

Brincadeiras à parte, há muito acerto por aí, mas também muitos erros que poderiam ser facilmente evitados. Fato é que, apesar da importância da língua inglesa no mundo atualmente, não é obrigatório saber inglês ― na realidade, é uma necessidade para muitos, não só por questões profissionais, mas também para poder se comunicar em viagens internacionais, com pessoas de praticamente todo o mundo.

Mas, se a intenção de certos donos de hotéis e restaurantes é atrair os estrangeiros, ou mesmo de certos órgãos de prestar informações, é preciso buscar as expressões corretas. O tradutor do Google, por exemplo, traz cinco diferentes traduções para a palavra pastel, facilitando a escolha certa. Possivelmente tartlet, pastry ou pie poderiam ser utilizados. Outra dica é o site Linguee (www.linguee.com.br), que oferece traduções de acordo com o contexto. Mesmo assim, é preciso analisar e conferir, porque lá também é possível encontrar frases em que o pastel de comer é substituído pelo de colorir. Um bom dicionário à mão é indispensável.

ADRIANA Gordon
Coordenadora de redação da LB Comunica,
advogada e mãe em tempo integral

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