6.30.2014

É tempo de personalizar

Vivemos  em um mundo tecnológico, onde as informações chegam à velocidade da luz, seja por meio de celulares, televisores, rádio, entre muitos outros. Imagine você sendo impactado por 18 mil filmes publicitários ao mesmo tempo, recebendo milhares de e-mails marketing a toda hora, vendo sua timeline repleta de anúncios... Nãooooo! Para com issooo, cara!

Pois é, querendo ou não, esse é o nosso cenário atual. De uma forma ou outra você será impactado por conteúdos de marcas ou produtos. Acontece que, quando alguém decide fazer algo um pouquinho diferente, as atenções são voltadas para o esperto felizardo.

Pensem comigo: Copa do Mundo no Brasil, oportunidades para as marcas (que têm grana, e bota grana nisso!) divulgarem suas mensagens-chave. Um clima (antes fervoroso) agora de total patriotismo, naquele esquema “Todos juntos pra frente Brasil”. É aí que as marcas têm a chance de inovar, fazer um baita filme publicitário, contando uma bela história, com aquela trilha de emocionar. Lindo, magnífico! Mas, se nos colocarmos no papel dos telespectadores, ao longo de todo o evento pode ser cansativo, não? Pô, todo intervalo de jogo são os mesmos filmes, com as mesmas trilhas, na mesma sequência. Por que não fazer algo novo?


Não sei se vocês repararam, mas a Coca-Cola resolveu dar uma mudada na brincadeira. A cada jogo da seleção brasileira eles estão com um novo filme no ar. Um diferente para o intervalo de jogo e outro para o fim da partida.

No último confronto do Brasil, sábado passado, o filme contava a história de um brasileiro e um chileno que tomavam cada qual o seu refresco. Eis que o refrigerante acaba durante a transmissão e ninguém quer levantar para pegar mais um pouco. Então ambos olham para o lado e, também com a sua garrafa vazia, estava o espanhol, que se levanta e vai abastecer as garrafas vazias.


Caras,  cada filme é pensado de maneira independente e são produzidos apenas depois que os resultados das partidas são concretizados. A sacada do espanhol é muito boa. Ninguém esperava uma eliminação da Espanha logo na primeira fase. E, como a Coca só produziu os filmes depois dos resultados definidos, eles puderam brincar com o fracasso da seleção espanhola. Diferentemente de outras marcas que apostaram na imagem de craques que, infelizmente, também fracassaram de maneira surpreendente e saíram da competição, deixando o filme obsoleto.

Ok, eu sei que é caro produzir um filme por vez, cada qual com um enredo, atores e cenários diferentes, etc. É muita coisa pra pensar de uma só vez e na correria, já que o espaço entre um jogo e outro é de apenas cinco dias. Mas que vale a pena vale! Agora mesmo estão produzindo o filme para o intervalo e para o final da partida Brasil X Colômbia. E deixo aqui o meu palpite: vão fazer alguma brincadeira com o fato da seleção colombiana comemorar os seus gols com dancinhas. Me chamo Mãe Dináh, caras.

Por fim, ressalto minha admiração pela coragem dos caras em produzir conteúdo personalizado. Além de instigar a atenção dos telespectadores, que esperam ansiosos para ver qual será a próxima sacada (ao invés de ficar reclamando das criancinhas cantando o hino nacional ou qualquer coisa que o valha), também faz com que suas mensagens sejam cravadas no timing, e que não virem filmes antigos e ultrapassados. É algo a se pensar, criar algumas outras formas de divulgação!­

GUILHERME Azevedo
Assistente de Criação da LB Comunica,
violonista de 7 cordas, sambista e palmeirense

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