Há algumas semanas li uma matéria sobre uma pesquisa realizada pelo Facebook em 2012, porém divulgada apenas este ano, sobre certa “manipulação” de conteúdo. Sim, usei aspas na palavra, pois não acredito muito neste conceito de manipulação da rede social. Resolvi escrever sobre esse tema não para emitir uma opinião consolidada, mas a fim de expor alguns pensamentos e questionar algumas situações.
Não é de hoje que o Facebook é alvo de críticas sobre a privacidade de seus usuários e, mais uma vez, se vê às voltas com a uma nova polêmica. Como disse, em 2012 a rede social de Zuckerberg realizou um teste que deliberadamente alterou os conteúdos exibidos na linha do tempo de 689 mil usuários, entretanto, esses usuários não foram avisados da “experiência”. Falta de ética por parte da empresa? Mas não para por aí!
Não é de hoje que o Facebook é alvo de críticas sobre a privacidade de seus usuários e, mais uma vez, se vê às voltas com a uma nova polêmica. Como disse, em 2012 a rede social de Zuckerberg realizou um teste que deliberadamente alterou os conteúdos exibidos na linha do tempo de 689 mil usuários, entretanto, esses usuários não foram avisados da “experiência”. Falta de ética por parte da empresa? Mas não para por aí!
O estudo tinha o objetivo de medir as reações dos usuários, sendo que um grupo só recebeu postagens consideradas positivas em sua time line e outro, negativas. Bom, se em 2012 você achava que só tinha coisa ruim no seu “face”, talvez você fizesse parte da experiência “facebooquiana”!
Este estudo foi publicado em forma de artigo na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, e foi assinado por profissionais do Facebook e das universidades da Califórnia e de Cornell, e, segundo a rede social, nenhum dado pessoal dos usuários foi utilizado.
A sensação que tive ao saber desta pesquisa (e outras do mesmo gênero) é de sermos ratinhos de laboratório no mundo virtual. Onde está a ética e o respeito em relação aos usuários?
Se formos analisar, os usuários do Facebook (que é uma empresa e possui lucro!) são clientes desta gigante da internet. Que empresa (física) aplicaria uma pesquisa deste porte e não avisaria seus consumidores?
Por mais que a pesquisa tenha sido utilizada para fins acadêmicos, houve impacto direto no cotidiano de mais de 600 mil pessoas. Não é pouca coisa!
E isso levanta outros questionamentos. Como sei que outras empresas do mundo virtual não fazem a mesma coisa? E a lei, o que diz sobre isso?
Além disso, levanta-se outra questão: o uso de dados pessoais e informações de forma negativa, um Big Data dark side!
No Brasil, foi aprovado o Marco Civil da internet que visa justamente nos proteger desses abusos que acontecem na internet, e que se tornou um modelo para outros países. Porém, muitas das empresas do mundo virtual não mantêm um banco de dados em todos os locais em que estão presentes, tornando isso outro problema.
Cada vez mais temos que nos proteger e nos educar quanto à colocação de informações pessoais na rede, é preciso ter discernimento ao compartilhar dados para que ele não seja utilizado erroneamente do futuro.
Enfim, como disse, este post foi apenas para levantar algumas questões, um compartilhamento de pensamentos. Afinal, parafraseando o canal Futura, o que move o mundo não são as respostas e sim as perguntas!
E se você quiser saber mais sobre o experimento do Facebook, leia aqui a entrevista com a vice-presidente Global de Privacidade da rede, Erin Egan. Boa leitura!
CAMILA Borges Redação e Assessoria de Imprensa da LB Comunica, é Pottermaníaca, aspirante a cinéfila e troca qualquer balada por um bom festival de rock |