Confesso! Às vezes passo mais tempo pensando no título de
uma pauta do que no texto em si. É a chamada que vai abrir as portas com os
jornalistas e me dar a chance de convencê-los de que a minha sugestão é
interessante aos leitores.
Sei que não existe um macete para elaborar o título
perfeito. Mas alguns elementos podem torná-lo mais assertivo, como, por
exemplo, mostrar a relevância e ressaltar a qualificação do cliente
(especialista, professor, diretor, presidente, secretário, entre outros
cargos).
Outra forma é apontar o propósito da pauta de forma clara e
objetiva. Indicar, por exemplo, se a fonte vai explicar, esclarecer, revelar,
apresentar, comentar ou trazer alguma novidade sobre o assunto que está sendo
tratado.
Tem ainda o que não pode ser feito, como evitar autoelogios
ou adjetivos exagerados. Ou seja, nada de "a última inovação",
"a melhor opção", "o mais cobiçado", "veja o
comentário imperdível" e por aí vai.
Usar o tom misterioso na hora de elaborar um título pode ser
uma linha tênue a ser seguida. Estimular a curiosidade do jornalista com uma
chamada enigmática é até interessante, mas pode ser frustrante se o conteúdo
for raso e nada atrativo.
O mesmo vale para o uso de gracejos. Algumas editorias até
aceitam um tom mais humorado. Mas trocadilhos e piadas podem não ser bem
recebidos, ainda mais se não forem compreendidos. Acho que só é válido se for
uma pauta muito bem direcionada e você tiver um bom relacionamento com o
receptor da mensagem.
Pensar em títulos é um exercício aprimoramento constante. O
mais adequado, na minha visão, é tentar apresentar uma história com começo,
meio e fim. Que o jornalista possa ser fisgado no instante em que abre a caixa
de e-mails.