11.24.2016

Tempo e aprendizado





















Essa é uma das definições de tempo:

Duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo no qual os eventos se sucedem.
Sim, sabemos que tempo é algo relativo, há muitas variações e, principalmente, quando se fala de aprendizado. Cada um tem o seu para isso, há pessoas que conseguem aprender mais rapidamente do que outras.

Em um período menor que três meses, por mais que você tenha total conhecimento de suas tarefas, seja por experiências anteriores, aprendizado teórico ou de qualquer outra maneira, é necessário aprender sobre a empresa, sua atuação, a estrutura, o organograma, seus fluxos... isso demanda mais tempo, que considero ideal a partir do sétimo mês de trabalho.

E essa foi uma das respostas que mais ouvimos nas seleções para novas vagas quando perguntamos: por que você ficou pouco tempo nessa empresa? E a resposta do candidato (a) era: porque eu já havia aprendido tudo e queria novos aprendizados.

Não há nada de errado em querer aprender coisas novas, mas achar que já aprendeu tudo em dois, três, quatro meses, soa muito estranho.

Concordo que para fazer as tarefas rotineiras, somos capazes de aprender rapidamente, mas provavelmente há situações esporádicas que podem não ter ocorrido dentro do pouco tempo em que a pessoa trabalhou na organização.

Se você já usou essa resposta como saída de algum emprego, que tal refletir sobre ela?
Se o emprego em que você está é o primeiro, não acha que é arriscado tirar essa conclusão? Porque você não tem experiência anterior, então não tem um parâmetro para saber como funciona e, como citei no começo, tem toda a estrutura da empresa para estudar e aprender. Que tal conversar com alguém que já trabalha na organização (de preferência, no mesmo departamento), que está há mais tempo, questionar quais são as tarefas do cargo?

E se você já teve uma experiência anterior, que tal relembrar como foi sua experiência na empresa passada? Coisas do tipo de como se desenvolveu, se, ao longo do período que permaneceu lá, aprendeu coisas novas, mesmo quando achou que já havia aprendido tudo, e quanto tempo demorou para aprender...

Percebo que essa geração atual é mais imediatista que a minha, e quase sempre a pressa é inimiga da perfeição.

Querem ter conquistado o mundo na semana passada, mas, sinto informar, não é assim que funciona – felizmente ou infelizmente –, depende do ponto de vista de cada um.

Vamos respirar com mais calma, dar tempo ao tempo, e ir aprendendo aos poucos. Para chegar ao topo é preciso subir degrau a degrau, e não pular de três em três.

É muito bom demonstrar garra, atitude positiva, pró-atividade. Mas, melhor ainda, é mostrar sinceridade, comprometimento e determinação.

LIVIA Medeiros
Administrativo/Financeiro
Formada em Gestão em Recursos Humanos e Gestão Financeira,
só podia ter uma mania dessas: somar números das placas de carros.

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