4.13.2017

Dicas para levar o leitor com você



Tive a oportunidade de fazer um curso bem bacana dirigido àqueles “escritores de gaveta”, que passam muito tempo – uma vida, às vezes – escrevendo prosa, poesia, aventuras, peripécias, e deixando tudo guardado, sem publicar, até mesmo sem mostrar para ninguém.

Participaram pessoas de várias idades e diferentes estilos: uma no meio de um romance, outra com um blog sobre aspectos da maternidade e bastante interação das leitoras, um com textos que mesclavam a vivência profissional com a busca de algo mais espiritual, uma senhora com mais de 50 anos de experiência em lindas histórias, todas engavetadas.

Eu curto crônicas desde a adolescência, motivada pelas leituras da escola, por histórias curtas, inteligentes, pontuadas de humor por grandes autores com poder de síntese. Segui no curso por esse caminho, produzindo textos sobre alguns tipos de profissões que chamam minha atenção, pelo linguajar, pela conduta diante de seus clientes, entre outros aspectos.

Uma boa comunicação pode evitar muitos conflitos, dos domésticos a uma guerra! Então é preciso saber passar sua mensagem, ouvir, falar e escrever. Por isso, acredito que, mesmo que você não tenha aquele desejo de ver seu nome na capa de um livro, estar em uma sessão de autógrafos, ter suas ideias publicadas, é essencial cuidar da sua comunicação, fundamental nas relações familiares e profissionais. 

Algumas dicas para escrever melhor, coletadas em muitas leituras por aí e no curso para os escritores tirarem suas palavras da gaveta:

1.     Leia muito e sempre – romances, crônicas, contos, poesias, um pequeno texto de uma revista quando não há tempo de mergulhar em um livro; 

2.     Escreva regularmente, com disciplina – já escrevemos muito em nosso dia-a-dia, de mensagens no celular a e-mails, de listas de tarefas a relatórios no trabalho, e cada um pode ser considerado um exercício para escrever cada vez melhor, de forma mais simpática, coerente, envolvente. Mas, se quiser ser um escritor, é preciso estabelecer regras, escrever todo dia;
3.     Não tenha dó de jogar fora – eu tenho, na verdade, então interpretei essa regra de uma forma que me deixa confortável. Meu método é traçar uma linha e colocar abaixo dela tudo o que vou desprezar – pelo menos naquele momento, mas sempre guardo e fico pensando se poderei usar em outra ocasião;

4.     Releia – veja se o texto lhe agrada, se sua história (se for o caso) está “levando o leitor pela mão”, se não passaram erros de digitação ou de gramática. Reler é importante até em um e-mail de duas linhas, porque receber uma mensagem com erro só pode atrapalhar a relação, nunca ajudar;
5.     Mostre o que escreveu para uma pessoa de sua confiança, para que faça uma segunda leitura, e esteja pronto para fazer ajustes ou correções para o texto ficar melhor. Se ela não entendeu sua mensagem, é possível que muitas outras também não entendam;

6.     Se tiver tempo, “durma sobre o texto”, releia no dia seguinte e altere o que achar necessário, antes de entregar.

Interprete e use da forma que achar melhor! Divirta-se!


ADRIANA Gordon
Coordenadora de redação da LB Comunica,
advogada e mãe em tempo integral


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