5.15.2019

Relações Públicas e o Terceiro Setor

As ações sociais hoje em dia têm sido uma tendência que vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, abrangendo o primeiro setor (governo), o segundo setor (privado) e o terceiro setor (social).
O terceiro setor constitui-se de organizações criadas por iniciativas de cidadãos com o objetivo de prestar serviços ao público, tudo sem fins lucrativos. Isso não isenta o governo de suas responsabilidades, afinal, eles devem somar esforços, já que o terceiro setor é uma mistura dos princípios dos setores público e privado.
O profissional de Relações Públicas foi primordial para a contribuição da humanização da sociedade, a intercomunicação entre os diversos públicos e a compreensão mútua dos mesmos junto a organizações e suas diversas naturezas. Apesar de ser uma profissão ainda recente no Brasil, possui bases sólidas apoiadas em sociologias eficientes para o bem do ser humano, com fundamentação de igualdade de ideologias, para uma sociedade que deseja ter um desenvolvimento gradativamente melhor nos próximos anos.
Com certeza o papel do Relações Públicas hoje dentro das ONGs é fundamental para o sucesso da mesma, pois, além de ter uma formação que estuda questões a respeito de responsabilidade social e sustentabilidade, o mesmo possui o domínio e o subsídio para conversar com todos os públicos, se tornando muito mais viável para questões como fazer o planejamento, captar recursos, atingir diferentes públicos e alcançar os objetivos das organizações do terceiro setor. Sua função é extremamente essencial, facilitando o entendimento sobre o papel das organizações na sociedade atual. Sustentabilidade, responsabilidade social, maus tratos aos animais, cada nicho exige uma linguagem específica para que haja o entendimento das partes interessadas. O problema é que a maioria das instituições sem fins lucrativos não tem condições de manter um profissional atuante, o que pode dificultar na obtenção de resultados para suas ações.
Dentro das organizações privadas, o Relações Públicas tem a mesma importância, porém, seu foco sempre será trabalhar a imagem da empresa para com a sociedade, responsabilidade social, relacionamento, parcerias, apoios, patrocínios e eventos, buscando sempre o aumento de credibilidade e a maximização de resultados das companhias. Podemos dizer que um bom RP seria capaz de fazer com que todos os setores trabalhassem alinhados, criando uma engrenagem fluida para a sociedade.
As ONGs podem suprir necessidades que o governo não consiga atender. Por outro lado, o governo pode fornecer os incentivos para que, por fim, as empresas privadas possam auxiliar o terceiro setor na conquista de seus objetivos. Porém, manter uma comunicação harmônica com os três setores e o público com certeza não é uma tarefa fácil, visto que os interesses muitas vezes são diferentes.
As inúmeras transformações do século XX nos fizeram deparar com o crescimento das desigualdades sociais e com a constatação de que o Estado tem sido ineficaz como promotor da justiça social. Da mesma forma, discutimos nossa condição de cidadãos e nossos esforços para a construção da cidadania.
É nesse contexto, marcado pela impotência do sistema e pela crescente conscientização da sociedade civil, que se observa uma grande movimentação da população, organizando-se em movimentos, entidades, sindicatos e associações vinculadas a causas e problemas sociais. Essa movimentação fez surgir o Terceiro Setor.
           Discutir a ação de Relações Públicas no contexto do Terceiro Setor, conferindo a esta profissão uma dimensão comunitária a favor de novos públicos, implica o estudo de algumas questões importantes como: cidadania, participação, comunicação, etc. Neste sentido, direcionamos esta reflexão buscando um suporte para o entendimento desta ideia.
BEATRIZ Humphreys
Atendimento e Planejamento na Lb Comunica,
RP, 24 anos. Ligada ao mundo da tecnologia e engajada em causas sociais.

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