11.25.2013

E então surge o Lulu, um app polêmico

Ao andar pelas ruas, no metrô ou ir a restaurantes, vemos que as pessoas estão cada vez mais conectadas. Elas não desgrudam os olhos de seus aparelhos, seja um tablet, smartphone ou qualquer outro similar. O acesso mobile representa uma média de 20% do tráfego online no Brasil, número bem considerável que vem crescendo absurdamente. Com isso, o mercado tem um novo panorama e, assim, os negócios e as ferramentas de marketing seguem novos rumos e estratégias. 

Um exemplo é a avalanche de apps disponíveis nas prateleiras das “stores” para iOS e Android. A quantidade é maior a cada dia e vem atingindo de uma forma devassadora os usuários. Obviamente, muitas pessoas, como eu, devem baixar muitos desses e simplesmente nem usar. Eles ficam apenas ocupando espaço e, caso precise deles algum dia, venham a ser utilizados. No caso dos apps de redes sociais, esses sim são os mais utilizados no dia a dia, como o Facebook, que é o campeão e não poderia deixar de citá-lo. Digo “campeão” pois, embora a própria companhia tenha admitido recentemente que teve uma queda nos acessos diários de seu site, em especial por usuários adolescentes, ainda é a maior rede social existente. O motivo dessa queda é exatamente esse monte de redes sociais que são lançadas a cada minuto (exagero, claro), que tenta mudar o foco dos usuários.

Agora, cheguei no ponto que eu queria! 

Semana passada, como de costume, entrei na App Store para ver o que tinha de novidade, e o que eu vi? Hein? Hun, gente? Hein? LULU! Sim, um negócio chamado Lulu. Entrei na descrição e vi que era uma rede social para as mulheres falarem mal dos homens. Não dei muita atenção, até porque pensei: “Isso elas fazem numa roda de amigas, num bar em casa, no grupo do Whatsapp”. Só que hoje eu recebi uma mensagem inbox no Facebook, direcionada a um grupo de amigos homens, se desculpando pelo spam, mas que estava dando uma dica para que nossos perfis não aparecessem no tal aplicativo, caso não quiséssemos participar da “brincadeira”. E querem saber do mais engraçado? É que isso partiu de uma MENINA, OHHH! Pois é, ela não curtiu o lance. Daí você, caso não saiba exatamente do que se trata, pode pensar que é besteira, assim como pensei, mas ela citou algumas hashtags que estão sendo utilizadas, como #nãofaznemcócegas e/ou #maisbaratoqueumpãonachapa... disso pode partir para muito pior.

Falando rapidamente como funciona: há algum tempo o Facebook passou a ser utilizado como “ferramenta de cadastro” por inúmeros sites nos quais você faz o login com sua conta e não precisa ficar incluindo aquele monte de dados chatos. E o Lulu também usa a base de dados do nosso campeão para fazer essa brincadeira toda, que alguns até consideram como aplicativo para se fazer vingança contra ex-paqueras e namorados. As mulheres podem avaliar os fatores como humor, aparência, educação, primeiro beijo, ambição, sexo e comprometimento. A usuária deve detalhar como conheceu o tal fulano e, em seguida, responder as perguntas automáticas que o app sugere. A partir daí, gera uma combinação de notas que vai de 1 a 10. Apesar de estar conectado com o Facebook, não é publicado nada e as mulheres tem o anonimato garantido.

No vídeo eles tentam mostrar que é um lance legal para o cara, que a fama dele vai ser de “o pegador”. Inclusive, mostra uma moça classificando o perfil na frente dele. Sabemos que isso será 0,001% dos casos. 



Para você, meu caro amigo, que como eu não está de acordo com essa nova rede social e não quer ser alvo de opiniões maldosas publicamente, aqui está o link que me foi enviado. Daí basta:

1. Clicar em “Remove my profile now” (Remover meu perfil agora)

2. Entrar com seu login e senha na caixa de diálogo que abrir (se você já estiver logado no Facebook, clique em “OK”)
3. Clique em “Yes, remove my profile” (Sim, remova meu perfil)


4. E pronto, ele vai te dizer:



Se você for um cara, peça para sua amiga, namorada, ex, paquera, conferir se está desativado e ela pode te confirmar, a não ser que ela esteja mal intencionada com você rs. Veja abaixo como aparecia meu perfil e como está aparecendo agora, depois de eu ter bloqueado.


O melhor de tudo é a mensagem que eles colocam em uma parte do processo de descadastramento: “Só para entender: nós estamos oferecendo-lhe acesso a mais de um milhão de meninas - meninas que estão aqui especificamente para olhar para você, falar sobre você, e dar-lhe a atenção e você não está interessado...” — Para, né? E ironicamente eles colocam uma “minazinha” chorando na página de descadastro.

Devo ressaltar que o app não é apenas para detonar a raça masculina, que também tem as classificações positivas. Não sei como isso funcionou nos EUA, mas aqui no Brasil, culturalmente falando, a chance do cara ser ridicularizado é muito alta. É aquela velha história: falar bem de um produto é para duas ou três pessoas, enquanto falar mal é para 10, 15 pessoas. No caso do app, para rede inteira.  

Caso você queira pagar pra ver, pode se cadastrar no site com seu perfil e ter acesso a sua reputação. Se o negócio ficar feio para o seu lado, meu camarada, utiliza esse tutorial aí de cima e pronto, sai de fininho rs. Vale também eu abordar que há coisas mais tensas rolando como esta matéria aqui

Recebi informações de que há também dois aplicativos similares, porém com uma história reversa, em que os homens classificam as mulheres. Encontrei essa notícia aqui sobre um deles, mas não encontrei o aplicativo para download nem na App Store (Apple), nem na Play Store (Android). Veremos cenas do próximo capítulo!

PAULO Matos Jr
Coordenador de criação na LB Comunica,
rato de academia e baladeiro de plantão

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