11.06.2013

Quero que todos ouçam minha música, beijos Hannah Montana, vou polemizar!


Até pouco tempo atrás, Miley Cyrus era reconhecida por muitos como a eterna Hannah Montana, personagem da série de mesmo nome e de muito sucesso da Disney, que chegou ao fim em 2011 e libertou a artista para ser quem ela realmente queria ser: Miley Cyrus!

Miley chegou a lançar singles, filmes e o CD “Can’t be Tamed” em 2010, enquanto Hannah Montana ainda era televisionada, chocando algumas mães que diziam que o comportamento de Miley no clipe era totalmente oposto a imagem que suas filhas tinham da doce e meiga Hannah. O single foi muito criticado na época por conta dessas comparações. A música já dava na cara que a artista apresentava indícios de que queria se desprender da imagem adolescente e ir em busca de sua verdadeira identidade, embora tivesse apenas 17 anos na época.

Mas foi em 2013 que Miley realmente se libertou, chocando o mundo inteiro com o lançamento do single We Can’t Stop”, em junho de 2013. O som chegou à marca de 100 milhões de visualizações em apenas 37 dias no YouTube. No vídeo, conhecemos um lado tão ousado de Miley que dá a impressão, em diversos momentos, que toda aquela encenação é forçada. Como ela mesma diz na música “Lembre-se que somente Deus pode nos julgar”. A música atingiu o 2º lugar na Billboard (principal parada de charts musicais do mundo) e atualmente está com 265 milhões de visualizações.



Em seguida, foi a vez de polemizar no VMA (Video Music Awards), apresentando We Can’t Stop, com Robin Thicke, com direito a dancinha twerk nas partes frontais do cantor. A apresentação teve uma repercussão enorme, não que isso importasse para Miley. Ela queria muito mais e estava prestes a conseguir.

Em setembro, lançou o vídeo do seu 2º single “Wrecking Ball” e o clipe chegou a incrível marca de 100 milhões de visualizações em apenas seis dias, quebrando seu próprio recorde. O motivo? Miley cantando nua em cima de uma bola de demolição e lambendo martelos e correntes.



Mas por que raios Hannah Montana estava fazendo isso? Por que dançar twerk, mostrar a língua, lamber martelos, aparecer nua e demolir paredes? O que parecia um ato desesperador de atenção nada mais era do que pura estratégia de marketing para divulgar o seu novo CD “Bangerz” e forçar as pessoas a conhecerem sua música, o que era consequência de seus atos polêmicos. A estratégia funcionou muito bem! Wrecking Ball foi o 1º single de Miley a chegar ao topo da Billboard nos Estados Unidos e o CD “Bangerz”, lançado recentemente, vendeu em na semana de estreia 270 mil cópias, quase o triplo de vendas de seu antecessor. A música barrou lançamentos de Katy Perry e Lady Gaga nos charts, e atualmente está se aproximando da marca de 300 milhões de visualizações no YouTube.

Em um contexto geral não funcionaria se as músicas fossem ruins. O CD foi recebido muito bem pela crítica e pelo público e, com isso, Miley conseguiu o que realmente queria: se libertar de Hannah Montana e adquirir sua identidade. A estratégia funcionou e as polêmicas não serão esquecidas tão cedo, ou nem serão, mas o que importa é que foi um tiro certeiro. Não falo isso só porque gosto da Miley, falo pois antes mesmo de saírem os números eu já comentava com meus colegas da faculdade que a equipe de marketing dela estava sendo incrível, pois com tudo isso as pessoas iriam querer ver o que ela estava fazendo “de novo” e sua música acabaria sendo conhecida e popular mesmo com criticas negativas. Resumindo, falem bem falem mal, mas falem de mim.

RAFAEL Freitas
Estagiário de atendimento e planejamento da LB Comunica, estudante de Marketing,
antenado em tudo o que rola de novo no mundo da música e apaixonado por séries

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