11.01.2013

O jogo só acaba quando termina!

Sou suspeito para falar de futebol. Esse é um daqueles temas polêmicos que geram discussões, argumentações, brigas... e muitas vezes não chegamos a conclusões algumas. Quando alguém dá a deixa na mesa do bar e o assunto começa a desenrolar, é batata: chumbo grosso vem por aí! Atualmente, todas essas discussões ganharam um ingrediente apimentado, por assim dizer: o moderno marketing esportivo.

Antigamente, discutia-se qual era o melhor ataque, qual era a torcida que mais cantava, quem tinha mais glórias, mais títulos. Hoje em dia, também entra em pauta aquele “mas o meu time tem um departamento de marketing muito bom, que faz ações X e Y e consegue fidelizar os torcedores, etc, etc”. Particularmente, eu gosto bastante desse tipo de discussão afinal de contas os dois temas me interessam. Ainda assim, é um ambiente extremamente delicado, pois mexe com a paixão dos torcedores.

O futebol é imprevisível. Parafraseando Vicente Matheus, “o jogo só acaba quando termina”. Sendo assim, não há planejamento de marketing, por mais bem estruturado que seja, que consiga suportar as tragédias e vexames futebolísticos. Recentemente, o Corinthians disputou as quartas-de-finais da Copa do Brasil contra o Grêmio. Findado o tempo normal em zero a zero, o jogo se encaminhou para a disputa de pênaltis. É nessa hora que a torcida começa a roer o pouco de unha que resta, já se ajeita na cadeira e começa a rezar. 

Tudo caminhava muito bem para o time alvinegro, até que algumas cobranças começaram a ser desperdiçadas e os goleiros viraram verdadeiras muralhas. Eis que na derradeira cobrança, quem vai para a marca do pênalti? Alexandre Pato, artilheiro do Timão. O final dessa história nós já sabemos e o Facebook fez questão de jogar isso na cara de todos nós durante alguns dias.


Até aí, tudo bem! Um dia se ganha, outro se perde. Essa é a vida do jogador de futebol. O que ninguém suspeitava é que, no dia seguinte, a marca de câmeras GoPro lançaria como seu novo garoto-propaganda justamente quem? Pois é, caras! Por isso que todo cuidado é pouco quando o assunto é futebol. Até que ponto a imagem do jogador pode afetar a imagem da marca? Em minha opinião elas estão intrinsecamente ligadas, e o risco que se corre (principalmente por eles terem escolhido a quinta-feira pós jogo para lançar) é muito grande. 



Analisando agora o rival, também temos um case que ainda pode dar muito pano pra manga. No último sábado, o Palmeiras lançou seu novo uniforme, bem diferente do que a torcida estava acostumada a ver. Ao invés do tradicional verde, a camisa foi transformada em um amarelo canarinho e o calção virou azul. Essas cores te lembram alguma coisa? Resposta curta e rápida: seleção brasileira. É exatamente essa a ideia, criar um uniforme para o palmeirense usar durante a Copa do Mundo de 2014. Boa proposta!


Além disso, o lançamento estava marcado para o jogo em que o time (provavelmente) voltaria para a série A. O que não estava no script é que do outro lado do campo existia um time ávido por vitórias e disposto a arrancar os três pontos do Verdão. Deu no que deu. Nem tudo é festa e, no futebol, nunca se canta vitória antes do apito final. Tudo bem que o Palmeiras não perdeu (e no final das contas assegurou o acesso), mas houve vaia da torcida, o jogo foi morno e a atuação não foi de gala como a torcida esperava. E agora? Quais são as lembranças que esse uniforme pode trazer ao torcedor? Por isso que eu digo e repito, no futebol todo cuidado é pouco!

GUILHERME Azevedo
Atendimento e planejamento da LB Comunica,
violonista de 7 cordas, sambista e palmeirense

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