3.01.2016

Reações emocionais fundamentais da comunicação




Afeto, dor, prazer, excitação, estranhamento e aversão são algumas das respostas do público ao ver filmes - publicitários ou não, escutar músicas e jingles, ler textos ou ser surpreendido na rua com algum tipo de ação - comercial, de divulgação de produtos ou um lançamento qualquer.  

Costumo fazer uma comparação das atitudes das pessoas na vida real e nas redes sociais. Inclusive, o que me inspirou a fazer este post, tenho que confessar, foram os novos botões do Facebook (rsrsrs). Em inglês, eles se chamam: "Love", "Haha", "Wow", "Sad" e "Angry". No Brasil, as “reações” são "Amei", "Haha", "Uau", "Triste" e "Grr", respectivamente. Apesar de em São Paulo ser diferente...
  
Nosso comportamento atual nas redes sociais prova que as emoções falam mais alto na hora de compartilhar algo. Pode ser comovente e linda a história dividida, mas talvez seja algo que deixe as pessoas irritadas ou tristes. Quanto mais intenso, melhor.

Com campanhas publicitárias também funciona assim. Além de criativas, elas têm dez vezes mais chances de ficar gravadas em nossas memórias de longa duração se forem capazes de emocionar, levando em consideração também que uma pessoa assiste, em média, diariamente, a 90 propagandas. Com este bombardeio de conteúdos, é previsível que grande parte delas seja ignorada.  

São bem-sucedidos os conjuntos de esforços de marketing capazes de conversar com o repertório emocional de cada um, ou seja, aquilo que todos já têm pré-concebido, o que consegue passear por vários sentimentos ao mesmo tempo, a chamada jornada emocional e, principalmente, os que despertam emoções negativas. Juro!

Segundo o meu estudo sobre neurociência para compor este texto, aquela ideia fofinha de felicidade geral e gente dançando sem motivo aparente talvez não seja a melhor saída para atingir o sistema límbico do cérebro das pessoas. Como somos seres complexos, nos sentimos mais instigados quando provocados por um misto de sensações.

A ficção já aprendeu isso há algum tempo, assumindo um comportamento mais rebelde e arriscado nas narrativas, com personagens que vivem na zona cinzenta e nenhuma garantia de final feliz.

Apesar dos avanços da tecnologia e da neurociência, ainda hoje não é possível medir as sensações refletidas nas pessoas no nível de detalhe desejado.

A descoberta da jornada emocional concluiu que quanto maior o passeio que o consumidor fizer pelas dimensões de afeto, dor, prazer, excitação, estranhamento e aversão, mais rica e eficiente será a comunicação.

Para exemplificar, deixo aqui um filme argentino, criado para a Coca-Cola, que tem uma jornada emocional supervariada que envolve e deixa o público curioso para assistir até o final.





ADRIANA Pinheiro
Redação e Assessoria de Imprensa da LB Comunica,
curte uma boa caminhada e vive acompanhada de seus sons e notas musicais


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