Afeto, dor, prazer, excitação, estranhamento e aversão são algumas das respostas do público ao ver filmes - publicitários ou não, escutar músicas e jingles, ler textos ou ser surpreendido na rua com algum tipo de ação - comercial, de divulgação de produtos ou um lançamento qualquer.
Costumo fazer uma comparação das atitudes das pessoas na vida real e nas redes sociais. Inclusive, o que me inspirou a fazer este post, tenho que confessar, foram os novos botões do Facebook (rsrsrs). Em inglês, eles se chamam: "Love", "Haha", "Wow", "Sad" e "Angry". No Brasil, as “reações” são "Amei", "Haha", "Uau", "Triste" e "Grr", respectivamente. Apesar de em São Paulo ser diferente...
Costumo fazer uma comparação das atitudes das pessoas na vida real e nas redes sociais. Inclusive, o que me inspirou a fazer este post, tenho que confessar, foram os novos botões do Facebook (rsrsrs). Em inglês, eles se chamam: "Love", "Haha", "Wow", "Sad" e "Angry". No Brasil, as “reações” são "Amei", "Haha", "Uau", "Triste" e "Grr", respectivamente. Apesar de em São Paulo ser diferente...
Nosso comportamento atual nas redes sociais prova que as
emoções falam mais alto na hora de compartilhar algo. Pode ser comovente e
linda a história dividida, mas talvez seja algo que deixe as pessoas irritadas
ou tristes. Quanto mais intenso, melhor.
Com campanhas publicitárias também funciona assim. Além de
criativas, elas têm dez vezes mais chances de ficar gravadas em nossas memórias
de longa duração se forem capazes de emocionar, levando em consideração também
que uma pessoa assiste, em média, diariamente, a 90 propagandas. Com este
bombardeio de conteúdos, é previsível que grande parte delas seja
ignorada.
São bem-sucedidos os conjuntos de esforços de marketing
capazes de conversar com o repertório emocional de cada um, ou seja, aquilo que
todos já têm pré-concebido, o que consegue passear por vários sentimentos
ao mesmo tempo, a chamada jornada emocional e, principalmente, os que despertam
emoções negativas. Juro!
Segundo o meu estudo sobre neurociência para compor este
texto, aquela ideia fofinha de felicidade geral e gente dançando sem motivo
aparente talvez não seja a melhor saída para atingir o sistema límbico do
cérebro das pessoas. Como somos seres complexos, nos sentimos mais instigados
quando provocados por um misto de sensações.
A ficção já aprendeu isso há algum tempo, assumindo um
comportamento mais rebelde e arriscado nas narrativas, com personagens que
vivem na zona cinzenta e nenhuma garantia de final feliz.
Apesar dos avanços da tecnologia e da neurociência, ainda
hoje não é possível medir as sensações refletidas nas pessoas no nível de
detalhe desejado.
A descoberta da jornada emocional concluiu que quanto maior
o passeio que o consumidor fizer pelas dimensões de afeto, dor, prazer,
excitação, estranhamento e aversão, mais rica e eficiente será a comunicação.