9.05.2014

“Mas dá pra fazer marketing em escritório de advocacia?!”

Opa! E não é pouco não, viu?

Antes de tudo, confesso que quando soube que um dos meus clientes na LB seria um escritório de advocacia, a primeira pergunta que veio em minha cabeça foi: “Mas... Se escritórios não podem fazer anúncios, vou fazer o quê!?” Pois é, acredito que, assim como eu, muitos publicitários não conseguem visualizar, pelo menos não de bate-pronto, a quantidade de ações que podem ser feitas e que promovem resultados concretos de melhor posicionamento e exposição do escritório no mercado.
Ficaram curiosos? 


Mas antes de citar alguns exemplos, que tal pensarmos juntos um pouquinho a respeito disso? Aposto que a resposta vai ficar clara antes mesmo que eu possa concluir esse post. Então vamos lá:

Imagine que você precisa contratar os serviços de um escritório de advocacia, para alguma demanda de pessoa física ou jurídica. Agora pense comigo: quais são os fatores que te fazem escolher entre um ou outro escritório? A indicação de algum conhecido, a exposição desse escritório na mídia, o site bem explicativo, o folder com informações pertinentes e layout sóbrio, e por aí vai...

Então, o que estou querendo dizer é que, se você parar um minutinho pra avaliar tudo isso, vai perceber que esses diferenciais estão diretamente ligados a ações de relacionamento e posicionamento de mercado.

E de que forma potencializar isso para que o tal escritório fique bem posicionado e mantenha um bom relacionamento com seus atuais e futuros clientes?
Ações de assessoria de imprensa, eventos de relacionamento como workshops ou almoços de negócio, brindes de final de ano, informativos jurídicos, atualizações constantes e atenção ao layout do site, informes mensais, e-mails marketings comemorativos, gerenciamento de redes sociais, enfim, há muito trabalho a fazer!

Isso tudo sem mencionar uma demanda primordial, que por vezes é deixada de lado em algumas empresas: as ações de endomarketing com o público interno. Isso mesmo, com os funcionários do escritório. Não vou me aprofundar nesse quesito, pois já debatemos muitas vezes aqui no blog sobre a importância e o potencial dessas ações, mas, apenas uma constatação rápida neste cenário jurídico que também pode ser aplicada a outros universos:

Imagine se um escritório que é full service perde a chance de atender a um cliente que já é da casa em duas áreas do direito, simplesmente porque os funcionários não trocam informações uns com os outros. Como estão olhando apenas para suas demandas, sem caminharem juntos para um objetivo comum, não se envolvem com a missão da empresa e deixam passar uma oportunidade como essa... Uma pena, não? Mas fica aí mais um motivo claro da importância dos investimentos em ações de endomarketing também no universo jurídico.

Agora, pra finalizar, a pergunta que não quer calar: “E quanto à OAB? Ela não proíbe essas coisas todas?”. Calma! Sem desespero. A OAB possui em seu Código de Ética e Disciplina um capítulo inteirinho sobre as restrições e permissões quanto às ações de marketing. É verdade que no Brasil não é permitido anunciar os trabalhos de um escritório de advocacia num comercial de TV, por exemplo, mas acreditar que os escritórios não possam (ou pior, não devam) investir em ações de comunicação como estas que citamos acima e colher ótimos frutos com elas, também já é demais.

Existem muitas maneiras de mostrar para o mercado a credibilidade, o potencial e a expertise de um escritório de advocacia por meio de ferramentas de comunicação, basta ter um pouquinho de criatividade e estar atento às leis e, é claro, as tendências do mercado jurídico e publicitário.

BIANCA Franzini
Atendimento e planejamento da LB Comunica, antenada em tudo o que rola
de novo no meio da comunicação e apaixonada por séries e livros

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