Não é de hoje que as assessorias de imprensa vivem um
paradoxo: se há muitos anos as grandes coqueluches para os clientes eram as
inserções na mídia impressa e eletrônica (rádio ou TV), hoje o esforço é
convencer os clientes que os resultados na imprensa “online” e,
consequentemente, nas mídias sociais, também podem reverberar de maneira a
contemplar o objetivo principal da comunicação: o posicionamento positivo e de
forma abrangente.
O consumo de informação mudou com o avanço da tecnologia e
da celeridade da produção de conteúdo por parte dos jornalistas. Dados
levantados durante o período das eleições mostraram que 48% dos brasileiros
procuram se informar por meio das mídias sociais e das notícias compartilhadas
pelo WhatsApp, por exemplo. Esse cenário – até então embrionário em termos
numéricos, mas com infinitas possibilidades de crescimento – é desafiador para
os profissionais de comunicação corporativa.
A disseminação desenfreada das chamadas fake news nas eleições, que ainda tem um resquício no pós-pleito,
mostrou como os profissionais de assessoria de imprensa ainda são fundamentais
para os clientes de diversas áreas e setores da economia produtiva. Serão eles
os responsáveis, a linha de frente, por garantir a qualidade da informação e da
veracidade dos dados divulgados.
Assim como no passado, atualmente os conteúdos com
propriedade e expertise têm um valor inestimável frente ao público-alvo. Se a
qualidade da informação se mostra como requisito indispensável para a efetiva
comunicação, hoje mais do que nunca o assessor de imprensa deve estar pronto
para estabelecer uma relação intrínseca, profissional e de confiabilidade com o
seu receptor, ou seja, o jornalista da mídia.
A confiança é a base para manter a “tríade”
assessoria-cliente-jornalista de pé. Se o jornalista espera uma fonte segura
para a sua matéria, a assessoria e o cliente esperam o zelo e o comprometimento
do jornalista para com as informações divulgadas. Do outro lado desse balcão,
está o leitor, parte importante e interessada no produto final, pois ele será
impactado a formar sua opinião ao mesmo tempo em que será uma espécie de
fiscalizador indireto do trabalho conjunto da tríade.
Do mesmo modo, os profissionais que atuam com comunicação
interna e/ou externa para as empresas também vivem esse turbilhão de novos
desafios. Tendo sempre como horizonte o receptor/leitor, é fundamental se
cercar de todos os pormenores da mensagem que desejam veicular, seja no site,
em house organ, jornal ou newsletter
interno, nas mídias sociais, etc. Lembre-se que os “detetives” estão sempre de
prontidão para a menor “escorregada”.
O ano de 2018, infelizmente, foi dominado em grande parte
pelas fake news. Mas, pelo menos, mostrou que ainda há espaço garantido e nobre
para uma comunicação de qualidade e que preza pela checagem correta dos fatos e
das informações. Se os porta-vozes dos clientes assumem um papel inestimável na
nova ordem da comunicação, cabe ao assessor de imprensa e/ou jornalista de
comunicação interna tirar o melhor proveito disso!
Até 2019!
MARCOS Vargas
Redação e Assessoria de Imprensa na Lb Comunica,
Rockeiro e palmeirense, fã de livros biográficos e sobre política |